sábado, 31 de janeiro de 2009

Missão brasileira vai resgatar reféns das Farc

Helicópteros da Força Aérea darão apoio logístico à operação

Folha Online

Parte neste sábado (31), da cidade amazonense de São Gabriel da Cachoeira, a missão que tirará da selva, com apoio logístico do Brasil, seis reféns que as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) prometeram libertar. A previsão é que a entrega dos sequestrados aconteça em três etapas, de amanhã até a próxima quarta-feira.

Quem afirma é a senadora colombiana Piedad Córdoba, de oposição, que chegou ontem a São Gabriel, onde já estavam os dois helicópteros Cougar do Exército brasileiro cedidos para a missão. Córdoba, por exigência da guerrilha, integrará a comitiva que receberá os reféns. A missão será coordenada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Segundo a senadora, as Farc se comprometeram a entregar, no domingo, três soldados e um policial --seus nomes só serão conhecidos hoje, quando o governo telefonar para seus familiares. Na segunda-feira, será a vez da libertação do ex-governador do departamento (Estado) de Meta, Alan Jara, 51, capturado em 2001. Finalmente, na quarta, sairá da selva o ex-deputado Sigifredo López, 45, cativo desde 2002.

O Exército brasileiro é mais cauteloso ao falar de prazos e menciona que as condições meteorológicas podem atrasar ou dificultar os planos. Dezoito militares do Brasil e dois mecânicos de voo estarão envolvidos na operação.

Nenhum deles nem os helicópteros levarão armas, afirmam fontes do Exército, e citam dois motivos: o caráter humanitário da missão, além da praxe militar de não visitar outros países portando armas.

Os Cougar têm autonomia de voo de 5 horas e podem levar até 20 pessoas. Além de Córdoba, estarão a bordo dos helicópteros os escritores e jornalistas Daniel Samper Pizano e Jorge Enrique Botero e a ativista Olga Amparo Sánchez.

Os três e a senadora são integrantes do grupo de intelectuais, a maioria de esquerda, chamado "Colombianos pela Paz", que começou uma troca de correspondência no ano passado com as Farc, para estimular uma negociação política cada vez mais improvável entre Bogotá e a guerrilha.

Fiadores

Foi nessa correspondência que as Farc, bastante enfraquecidas militar e politicamente, anunciaram que soltariam os seis reféns, em sinal de "boa vontade" e com a esperança de relançar a ideia do intercâmbio humanitário: a troca de um grupo de 28 sequestrados "políticos" por guerrilheiros presos.

Bogotá, porém, rejeita a proposta. Ontem, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, voltou a prometer recompensa e liberdade aos rebeldes que desertarem e entregarem os reféns.

Se exitosa, a missão será a primeira libertação unilateral desde fevereiro, quando a guerrilha entregou quatro ex-congressistas ao presidente venezuelano, Hugo Chávez --então defensor das Farc e interessado em mediar acordo com Bogotá.

De lá para cá, a situação da guerrilha piorou muito: Chávez se reaproximou de Uribe e tem marcado distância das Farc. Numa operação bem-sucedida e controversa, em julho, os militares colombianos conseguiram resgatar 15 reféns de uma vez, incluindo a franco-colombiana Ingrid Betancourt. Um outro refém escapou, com auxílio de um desertor.

Desta vez, os guerrilheiros também exigiram a participação de um "fiador" estrangeiro, na tentativa de ganhar algum holofote internacional. Contou para a escolha do Brasil para a tarefa e a aceitação de Bogotá o perfil discreto de Brasília, que não fez comentários sobre a entrega, cortando espaço de interlocução política com as Farc.

Em Bogotá, amanhã, os familiares dos sequestrados participarão de uma missa para saudar a libertação. Cali, cidade do ex-deputado Sigifredo López, também prepara uma festa.



http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=169684

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Ford amarga o maior prejuízo em 105 anos

Agencia Estado




A fabricante americana de veículos Ford anunciou nesta quinta-feira, 29, um prejuízo de US$ 14,6 bilhões no ano passado, o pior resultado de seus 105 anos de existência.

Apesar do terceiro ano consecutivo de perdas – em 2007, os prejuízos somaram US$ 2,72 bilhões –, a companhia reafirmou que ainda não precisa de ajuda financeira do governo para fechar suas contas.

Depois de anunciar o resultado negativo, a empresa confirmou a demissão de 1,2 mil funcionários na unidade Ford Motor Credit a partir de fevereiro e que vai retirar US$ 10,1 bilhões de suas linhas de crédito no próximo dia 3 para usar em usar operações.

Em nota à imprensa, distribuída pela assessoria de comunicação da montadora, o presidente da Ford para o Brasil e o Mercosul, Marcos de Oliveira, afirma que os resultados financeiros apresentados em 2008 refletiram a coerência da estratégia regional companhia.

"A Ford América do Sul continuou contribuindo significativamente para os resultados globais. Apesar da forte desaceleração do último trimestre, fechamos o ano com números positivos", prossegue o executivo. Oliveira ainda admitiu que 2009 será um ano bastante desafiador, e que há necessidade de manutenção da saúde do caixa da companhia, "numa estrutura de custos enxuta, e colaboradores bem preparados".

Para o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, a Ford não tem como usar o argumento do prejuízo mundial para promover demissões na Bahia. “Aqui não teve prejuízo. Em 2008, a empresa vendeu mais e lucrou mais do que em 2007”, diz.

Segundo ele, foram produzidos cerca de 209 mil veículos no ano passado. “Foi por isso que reivindicamos a manutenção dos postos de trabalho”, afirma Bonfim.

Ele cita como indicador da melhoria no mercado outra empresa, a Jardim Autopeças, também em Camaçari, que havia demitido em janeiro dez trabalhadores, dos quais quatro já foram reintegrados.

De acordo com o diretor do sindicato, a Ford projetou a produção em fevereiro de 13 mil carros. Com a melhoria do mercado, deverá atingir entre 17 e 18 mil carros.





www.atarde.com.br/economia/noticia.jsf?id=1062106

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Índios vão organizar faixa humana em defesa da Amazônia

BELÉM - Uma faixa humana com os dizeres SOS Amazônia é a estratégia de organizações indígenas para chamar a atenção do mundo para a defesa da floresta em um ato programado para esta terça-feira (27), primeiro dia do Fórum Social Mundial (FSM), em Belém (PA).

“A mensagem vai representar o clamor dos povos indígenas e da sociedade amazônica na defesa do meio ambiente e da biodiversidade, com o enfoque dos povos da floresta”, afirmou o indígena Sabá Itaji Nanchineri, da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab).

A organização prevê a mobilização de mais de mil pessoas para a “montagem” do protesto, que vai acontecer no gramado do campus da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA). Não vai haver ensaio, mas 20 pessoas ficarão responsáveis pela marcação da coreografia. Um helicóptero vai garantir imagens aéreas da manifestação.

Segundo Nanchineri, além de comunidades indígenas do Brasil e de outros países, a mobilização será aberta para movimentos sociais, organizações não-governamentais e outros participantes do Fórum.

Além da frase em defesa da floresta, que também vai ter a versão “Salve a Amazônia”, as pessoas deverão formar o desenho de um homem segurando um arco e flexa. “Queremos mostrar que temos um alvo, que é preservar a Amazônia, e que estamos dispostos a brigar para defender nosso lugar e nossa floresta”, disse.

A abertura oficial do FSM está prevista para a tarde de amanhã, com uma grande caminhada pelas ruas de Belém.





www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=5&id_noticia=271222




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domingo, 25 de janeiro de 2009

Procurador italiano diz que é injusto conceder refúgio a Cesare Battisti

A concessão de refúgio ao escritor italiano Cesare Battisti pode ser comparada à falta de colaboração da Justiça brasileira com a investigação sobre o desaparecimento de cidadãos italianos durante a Operação Condor. A avaliação é do juiz e Procurador da República em Roma Giancarlo Capaldo, o magistrado é conhecido pela defesa de presos políticos italianos na América do Sul.

'Ele foi condenado na Itália com todas as garantias constitucionais. O processo garantiu 100% de legalidade, ele pode se defender. É injusto que uma pessoa seja tutelada por outro Estado para não pagar por crimes que cometeu. Foram atrocidades contra o Estado e contras as pessoas', afirmou hoje (25) em entrevista à Agência Brasil durante o Fórum Mundial de Juízes, em Belém.

O ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu refúgio ao italiano depois de recursos da defesa de Battisti contra decisão do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), no qual o pedido em favor do italiano foi negado por três votos a dois.

Capaldo comandou uma investigação sobre os crimes e os desaparecidos durante Operação Condor, aliança político-militar deflagrada nos anos 70 para coordenar a repressão aos opositores do regimes ditatoriais no Brasil, Chile, Argentina, Uruguai, Bolívia e Peru.

Durante o processo, o magistrado diz que não houve colaboração da Justiça Brasileira para esclarecer os casos de cidadãos ítalo-argentinos presos no Brasil, que desapareceram em seguida. 'Em toda a investigação foram organizações de fora do Estado [brasileiro] que enviaram documentos e testemunhos', afirmou.

A Itália chegou a enviar mais de 100 pedidos de extradição a países do Cone Sul, inclusive ao Brasil. Em dezembro de 2007, o Supremo Tribunal Federal negou o pedido de extradição de 13 brasileiros. A extradição de brasileiros nascidos no país para julgamento em tribunais internacionais é vedada pela Constituição Federal.

Apesar da crítica, Capalda não acredita que haja uma crise diplomática de proporções relevantes e espera 'colaboração por parte dos juízes brasileiros' para que os dois países cheguem a um acordo sobre a extradição do escritor.

(Com informações da Agência Brasil)




correio24horas.globo.com/noticias/noticia.asp?codigo=16694&mdl=28

sábado, 24 de janeiro de 2009

Governo levará Lula e 12 ministros ao Fórum Social Mundial

Evento acontece em Belém de 27 de janeiro a 1° de fevereiro.
Equipe econômica não irá a evento que debaterá a crise.

Eduardo Bresciani Do G1, em Brasília


Depois de gastar R$ 77, 5 milhões por meio de convênios com o estado do Pará para ajudar na realização do 9° Fórum Social Mundial em Belém, o governo federal estará bem representado no evento. Além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, doze ministros irão participar dos debates com os movimentos sociais. O Fórum será realizado de 27 de janeiro a 1° de fevereiro na capital paraense.

O coordenador da participação do governo no Fórum, o secretário-geral da Presidência, ministro Luiz Dulci, destaca que os ministros e o presidente foram convidados pelas entidades para comparecer ao evento e que não há interferência do governo nas atividades do Fórum. Ele destaca que em todas as edições o governo Lula esteve representado.

O principal tema do fórum em 2009 é a crise internacional, mas entre os ministros brasileiros que vão à Belém não estão os principais responsáveis pela política econômica, Guido Mantega (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento), nem o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Dulci não soube dizer se os colegas foram convidados, mas destacou que, geralmente, só os ministros da área social participam. Meirelles, no entanto, é presenca confirmada em Davos, na Suiça, para o Fórum Econômico Social, "rival" do Fórum Social Mundial.

O principal compromisso do presidente Lula será um debate junto com os presidentes Evo Morales (Bolívia), Hugo Chávez (Venezuela), Rafael Correa (Equador) e Fernando Lugo (Paraguai). Eles participarão de um painel sobre a “América Latina e o desafio da crise internacional”.

Dulci diz não temer questionamentos à política social do governo Lula no evento de Belém. “A imensa maioria dos movimentos que tem lá valorizam o Brasil como exemplo de avanço social. Se aparecer algum questionamento será em um tema ou outro”. Na última edição realizada no Brasil, em 2005, em Porto Alegre (RS), o presidente Lula discursou entre aplausos e vaias.





http://g1.globo.com/Noticias/Politica/0,,MUL969164-5601,00-GOVERNO+LEVARA+LULA+E+MINISTROS+AO+FORUM+SOCIAL+MUNDIAL.html




sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Obama espera aprovação de plano econômico em fevereiro

Da EFE




Macarena Vidal.


Washington, 23 jan (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje - após uma reunião com os líderes do Congresso na Casa Branca - que espera conseguir a aprovação do plano de estímulo econômico que defende antes de 16 de fevereiro.

O governante se dedicou hoje à economia, depois de se concentrar na política externa e na reforma ética do Governo em seus dois primeiros dias de mandato.

Obama disse à imprensa que tanto republicanos como democratas estão de acordo em que "a crise econômica atual é, talvez, sem precedentes, e por isso é necessário enfrentá-la rapidamente".

O presidente americano e a maioria dos legisladores democratas defendem um plano que, segundo o fixado na Câmara de Representantes, pretende injetar US$ 825 bilhões na economia no período de dois anos.

Com isso, Obama pretende criar ou evitar a perda de entre três e quatro milhões de postos de trabalho nos EUA.

Até o momento, os republicanos criticaram diversos aspectos do plano, que pretende dedicar cerca de US$ 275 bilhões a cortes de impostos e o restante a investimentos em infraestruturas e novas tecnologias, entre outros fins.

Os republicanos reivindicam maiores cortes tributários e consideram que os projetos de despesa não seriam suficientemente rápidos para ter um efeito positivo na economia.

O governante americano tem um grande interesse em conquistar o apoio republicano para demonstrar que, como prometeu durante sua campanha, governará tentando superar as divisões partidárias.

Obama reconheceu hoje que "continua havendo algumas diferenças sobre certos detalhes" do plano entre democratas e republicanos, e entre os legisladores e a Casa Branca.

Mas indicou que todos estão de acordo na necessidade de se adotar medidas, em função das notícias econômicas alarmantes publicadas quase todos os dias.

Os dados divulgados pelo Departamento do Trabalho indicaram que na semana passada o número de solicitantes do seguro desemprego aumentou em 62 mil pessoas.

Além disso, a gigante da informática Microsoft anunciou a demissão de cinco mil trabalhadores, o maior de sua história.

Obama declarou que o Congresso está "no caminho certo" para aprovar o plano de estímulo antes de 16 de fevereiro, data que tinha fixado como meta antes de sua posse.

Em um sentido parecido se pronunciou a presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi, que prometeu apresentar o pacote para debate antes do dia 28.

"Se não for aprovado até 16 de fevereiro, não haverá recesso na Câmara", declarou a líder democrata.

Além de Pelosi, participaram da reunião o líder democrata do Senado, Harry Reid, e os republicanos John Boehner e Mitch McConnnell.

Boehner expressou um maior ceticismo na saída da reunião: "Estamos preocupados com o tamanho do plano".

Ao lado de McConnnell, líder dos republicanos no Senado, e outros dirigentes de seu partido, Boehner assinalou que "gastar quase US$ 1 trilhão" é demais.

O republicano disse que os Estados Unidos terão de pedir esse dinheiro emprestado, e que "os filhos e os netos" dos americanos terão de pagar a conta.

Após o encontro de hoje com os legisladores, Obama deve continuar centrado na economia, que prometeu que será sua prioridade no início do mandato.

O novo presidente, que tomou posse na terça-feira passada, deve se reunir esta tarde com sua equipe econômica para abordar os orçamentos.

Mais tarde, Obama realizará uma reunião a portas fechadas com seu candidato a secretário do Tesouro, Timothy Geithner, para analisar a situação econômica. EFE





http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL969524-5602,00-OBAMA+ESPERA+APROVACAO+DE+PLANO+ECONOMICO+EM+FEVEREIRO.html





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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Modelo que teve pés e mãos amputados passa por nova cirurgia

Modelo foi finalista das edições de 2006 e 2007 do Miss Mundo Brasil
Modelo foi finalista das edições de 2006 e 2007 do Miss Mundo Brasil
21 de janeiro de 2009
Divulgação

Alex Cavalcanti

Direto de Vitória


A modelo do Espírito Santo Mariana Bridi, 20 anos, que teve as mãos e os pés amputados por causa de uma infeccção generalizada, foi submetida a uma nova cirurgia para a retirada de parte do estômago. Segundo o pai da modelo, Agnaldo Costa, o procedimento foi uma tentativa dos médicos para conter uma forte hemorragia abdominal causada por uma úlcera nervosa.

"Eu acredito que ela possa voltar a ser a menina alegre de antes. A cada dia que passa eu sei que isso fica mais difícil, mas eu continuo acreditando", afirmou o pai da modelo. De acordo com nota da Secretaria Estadual de Saúde, divulgada nesta semana, o quadro da modelo se agravou "com insuficiência renal aguda, com compressão dos vasos sanguíneos periféricos e com necrose das mãos e pés, causados pelo quadro de septicemia (infecção generalizada)".

Por conta da insuficiência renal e hemorragias, Mariana faz sessões de hemodiálise e transfusões de sangue. Segundo o namorado dela, Thiago Simões, a modelo precisa de muitas doações de sangue O negativo. "Tenho fé e nós acreditamos que vamos sair daqui com essa vitória", afirmou Simões.

A modelo passou por uma cirurgia para a amputação das mãos, consequência da necrose, na última terça-feira. Os pés dela já tinham sido amputados na semana passada pelo mesmo motivo. Mariana deu entrada no hospital no dia 3 de janeiro, com um quadro de infecção urinária que evoluiu para infecção generalizada.

Redação Terra



http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3466667-EI715,00-Modelo+que+teve+pes+e+maos+amputados+passa+por+nova+cirurgia.html

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Lula convoca Caixa e BB para baixar taxas

Algumas operações são mais caras em bancos públicos



Fernando Nakagawa, BRASÍLIA


A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil (BB) esperam anunciar hoje taxas de juros mais baixas. Só aguardam a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). O juro oficial e o cobrado das pessoas e das empresas é tema de uma reunião, hoje, entre dirigentes dessas instituições e o presidente Lula.

O governo quer que os bancos públicos liderem a queda do juro na ponta. Levantamento do Banco Central entre 31 de dezembro e 7 de janeiro mostra que essas instituições continuam com taxas semelhantes às dos bancos privados em muitas operações. Essa situação tem causada desconforto em parte do governo.

A desvantagem é mais evidente nas linhas de crédito para as empresas. Em uma das operações mais comuns, de financiamento de capital de giro prefixado, o juro médio do BB está em 2,47% ao mês, maior que o do Itaú Unibanco e Safra. A Caixa cobra 2,20%, mais que o Citibank.

Nas operações para as famílias, as instituições públicas têm taxas mais vantajosas. No crédito pessoal, Caixa e BB chegam a cobrar metade do juro de alguns concorrentes.

Mas, no socorro mensal de muitos brasileiros, o cheque especial, a vantagem não é tão grande. A Caixa cobra 6,73% ao mês e tem a menor taxa entre os grandes. O BB, no entanto, cobra 8,14%, mais que Bradesco e Safra e próximo do Itaú Unibanco, que cobra 8,63%.

O vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores do Banco do Brasil, Aldo Luiz Mendes, argumentou que o levantamento não conseguiu captar todas as reduções de juros anunciadas pela instituição nos últimos três meses. Segundo ele, a taxa já está mais baixa.

Desde novembro, o banco cortou os juros três vezes, a última em 2 de janeiro, no meio do período da pesquisa. "E estamos aguardando o movimento do Copom para, eventualmente, ajustar novamente a tabela. Aguardando para ver a intensidade do ajuste", disse.

O Estado apurou que o banco federal está concluindo os cálculos e trabalha com novas tabelas que devem ser anunciadas após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Os cenários preveem o corte de 0,50 ponto, 0,75 ponto e até 1 ponto porcentual. Essas tabelas devem ser apresentadas ao presidente Lula durante a reunião.

Situação parecida ocorre na Caixa. Na semana passada, o vice-presidente de Finanças do banco, Márcio Percival, disse que a instituição preparava pacote com taxas de juros mais baratas. Como o BB, a Caixa deve divulgar a nova tabela conforme a decisão do BC.

Apesar da pressão do governo, o professor de finanças da FEA/USP Roy Martelanc disse não acreditar que os juros devem cair de forma rápida e relevante no curto prazo. Um dos obstáculos para a redução mais acelerada das taxas de juros, disse o especialista, é a necessidade que essas instituições têm de obter lucro para o governo federal.

"Se o banco público cobra menos, o lucro vai ser diminuído. Isso prejudica o cumprimento da meta de superávit primário. Para mudar a lógica, seria preciso diminuir a exigência de geração de superávit desses bancos", defende.







www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090121/not_imp310382,0.php








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terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Barack Hussein Obama toma posse como o 44º presidente dos Estados Unidos

Democrata é o primeiro negro a assumir a Presidência do país.
'Desafios são reais e serão vencidos', disse ele em discurso.

Do G1, em São Paulo

O 44º presidente dos Estados Unidos, Barack Hussein Obama, de 47 anos, tomou posse no início da tarde desta terça-feira (20), em Washington DC, em meio a uma multidão de pessoas que viajaram à capital do país para acompanhar o momento histórico.

É a primeira vez que um negro assume o cargo mais importante do Executivo norte-americano.

Em seu discurso de posse, Obama alertou para os desafios, apelou para a responsabilidade, pediu esperança e previu uma 'nova era' para seu país e para o mundo.

Ele vai passar a governar sob expectativa e cobrança globais, em meio a uma forte crise financeira e após dois questionáveis mandatos de seu predecessor, o republicano George W. Bush.

Veja a íntegra do discurso de posse de Obama

Leia também: Obama manda rever medidas pendentes do governo Bush

Veja galeria de fotos da posse

Foto: Reuters

Obama faz o juramento da posse ao lado da mulher, Michelle (Foto: Reuters)

Leia também: Fashionistas criticam vestido usado por Michelle na posse

Leia também: Americanos vaiam Bush e saúdam Obama

Antes mesmo de prestar juramento, ao meio-dia (15h em Brasília) Obama se tornou presidente oficialmente, seguindo o que diz a Constituição do país. Ele prestou juramento às 12h06 locais (15h06 de Brasília) com a mão sobre a mesma Bíblia usada em 1861 por Abraham Lincoln.

Ele repetiu um breve texto previsto na Constituição. "Eu, Barack Hussein Obama, juro solenemente cumprir fielmente as funções de presidente dos Estados Unidos e, na medida de minhas possibilidades, salvaguardar, proteger e defender a Constituição Estados Unidos".

Obama até titubeou durante a leitura do texto e depois sorriu.


Apesar da polêmica em que ateus pediram que não houvesse menções religiosas no juramento, ele incluiu o "so help me God“ (com a ajuda de Deus, em tradução livre), que encerra o juramento desde o século XVIII.

O juramento foi feito diante do presidente da Corte Suprema dos EUA, John Roberts.

Momentos antes tinha sido a vez de o vice-presidente Joseph Biden fazer seu juramento, perante o juiz do Tribunal Supremo John Paul Stevens.

Na tribuna presidencial do Capitólio, estavam todos os ex-presidentes vivos dos EUA: George W. Bush, Bill Clinton, George H. W. Bush - pai do ex-líder - e Jimmy Carter. Todos eles estiveram acompanhados por suas mulheres -inclusive Hillary Clinton, a escolhida por Obama para secretária de Estado, principal cargo da diplomacia norte-americana.

Blog da Cristiana Lôbo: Lula assiste à posse despachando

Discurso

Obama abriu seu discurso inaugural como presidente se dizendo gratificado e humilde pela confiança dos cidadãos do país. Ele agradeceu pelo serviço de Bush como seu antecessor e pela cooperação no processo de transição.

Ele lembrou as crises que o país vive, mencionou que os EUA estão envolvidos em guerras contra o ódio e a violência, e os problemas econômicos. "Hoje, eu digo que os desafios que encaramos são reais. Eles são sérios e eles são muitos. Eles não vão ser vencidos facilmente, ou em um curto período de tempo. Mas sei disso, América, eles vão ser vencidos", disse.

"Neste dia, nos reunimos porque escolhemos esperança em vez de medo, unidade de propósito em vez de conflito e discórdia", continuou, lembrando o tema da sua campanha durante as eleições.

Ele disse que passou o tempo de proteger interesses estreitos e evitar medidas impopulares. "Começando hoje, devemos nos reerguer, limpar a poeira e recomeçar o trabalho de refazer a América".

Obama pediu aos americanos o início de "uma nova era de responsabilidade" em suas vidas e um novo papel para o país no mundo, baseado na cooperação e no diálogo. O novo presidente fez um apelo pelos valores fundamentais dos EUA para começar um novo capítulo na história americana.

"Neste dia, proclamo o fim das queixas mesquinhas e das falsas promessas, das recriminações e dos dogmas desgastados que durante tanto tempo estrangularam nossa política", disse.

Roteiro

A cerimônia no Capitólio terminou após os juramentos, orações e canções. Por volta das 16h (de Brasília), 13h locais, o presidente Barack Obama e a primeira-dama, Michelle, saíram para almoçar com os congressistas.

Leia também: Senado aprova nomes do gabinete de Obama

Leia também: Casa Branca espera confirmação do secretário do Tesouro na quinta

Durante o almoço, o senador Ted Kennedy passou mal e teve de ser levado ao hospital. O também democrata Robert Byrd também teve um mal-estar. Obama disse, em discurso, que iria dedicar orações a Kennedy e às sua família (assista ao lado).

O agora ex-presidente americano George W. Bush saiu em seguida de helicóptero militar e partiu de avião rumo ao Texas.

Por volta das 18h15 de Brasília Obama participou de parada que seguiu do Capitólio até a Casa Branca, passando pela avenida Pensilvânia. Então, ele entrou na Casa Branca pela primeira vez já como presidente.

Depois, uma série de bailes pela capital comemoraram a posse.

Foto: AFP

Obama, já presidente, caminha com Michelle na direção da Casa Branca. (Foto: AFP)

Veja mais fotos das comemorações pós-posse

O país

Obama herda de George W. Bush uma potência com a economia abalada, um país envolvido em duas guerras, no Iraque e no Afeganistão. Segundo pesquisadores, o legado negativo de Bush pode impulsionar a administração de Obama, tanto que ele já assume com o apoio de quase 80% dos americanos.

Saiba quais são as prioridades de Obama

Os dois presidentes se encontraram no início desta terça-feira, quando Obama foi à Casa Branca para encontrar-se com o predecessor antes da solenidade de juramento no Capitólio. Obama, sorridente, beijou Laura na face e apertou cordialmente a mão de Bush que lhe deu um tapinha no ombro; Michelle Obama beijou o casal Bush e entregou um presente a Laura.

Mais cedo, o novo presidente dos EUA foi rezar na igreja episcopal de St. John, conhecida como a “igreja dos presidentes”. Ela tem 194 anos, e todos os presidentes já a frequentaram em algum momento do mandatos.

Multidão

Centenas de milhares de pessoas enfrentaram o frio e lotavam o Washington's Mall, que se estende por cerca de 3 quilômetros desde o Capitólio até o Memorial Lincoln, no Rio Potomac, e pela avenida Pensilvânia até a Casa Branca.

Um mar de pessoas tomou o gramado do Mall, muitas delas agitando bandeiras norte-americanas, cerca de duas horas antes da posse de Obama. "Isto está um caos agora", disse Judy Bailey, 42 anos, de Cincinnati, enquanto a polícia a afastava do local onde ocorrerá a cerimônia de juramento. "Mas é incrível estar aqui. É a história sendo feita."

O ingresso para assistir à cerimônia de posse custou US$ 25 (cerca de R$ 60), mas muita gente não conseguiu comprar. As pessoas começaram a chegar ainda de madrugada ao Capitólio, o Congresso Nacional dos americanos, sob um frio de quase oito graus negativos.

Dois milhões de pessoas acompanham em Washington a cerimônia de posse, segundo fontes de segurança citadas pelo “Washington Post”.. Na posse de Lindon Johnson, em 1965, o parque já tinha visto 1,2 milhão de pessoas.

Segurança

Autoridades norte-americanas investigaram uma "potencial ameaça", cuja credibilidade alegaram ser incerta, relacionada à cerimônia de posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, informou o Departamento de Segurança do país nesta terça-feira. Apesar disso, nenhum incidente de segurança veio a público.

O esquema de segurança montado para a cerimônia de posse foi gigantesco e muito caro: foram gastos US$ 150 milhões, o equivalente a quase R$ 350 milhões, para garantir que nenhum incidente atrapalhasse a posse.




http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL963926-16108,00-BARACK+HUSSEIN+OBAMA+TOMA+POSSE+COMO+O+PRESIDENTE
+DOS+ESTADOS+UNIDOS.html

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Jornalista que jogou sapatos em Bush pede asilo na Suíça

Defesa afirma que repórter da sapatada, detido no Iraque, corre risco de vida


Jamil Chade - O Estado de S. Paulo


GEBEBRA - O jornalista iraquiano que tentou agredir o presidente americano George W. Bush, Muntadhar al-Zeidi, pediu asilo político na Suíça. Para o advogado que cuisa do caso, Mauro Poggia, o iraquiano Al Zeidi está correndo " risco de vida ".

Al-Zeidi tentou acertar Bush com seu sapato no dia 14 de dezembro, durante a última conferência do presidente americano no Iraque. O jornalista foi preso e está aguardando seu processo por tentative de agressão contra um líder estrangeiro.

Pela tradição no mundo árabe, mostrar a sola do sapato é um ato de desrespeito a uma pessoa."Isso é um beijo de despedida, seu cachorro", afirmou o jornalista, atacando a política de Bush e a invasão que ocorreu em 2003.

Em Genebra, o advogado relevou que a família do jornalista entrou em contato com ele há poucas semanas pedindo ajuda para obter o asilo político dos suíços. Segundo ele, Al-Zeidi foi torturado na prisão e foi duramente agredido. Para o advogado, é a vida do jornalista que corre perigo agora. Poggia conta que o iraquiano teve seu braço e costelas quebradas, além de hemorragia interna.

"Sua vida pode se tornar um inferno", afirmou Poggia. "Já em Genebra, ele pode tranquilamente trabalhar como correspondente nas Nações Unidas", disse. Na sala de imprensa da ONU, as opiniões divergiam sobre o comportamento do jornalista. Enquanto muitos apoiavam sua ira contra Bush, outros apontavam para o erro de tentar agredir alguém que estava dando uma conferência de imprensa.

Para Poggia, mesmo depois de cumprir sua sentença no Iraque sobrevivendo à tortura, o jornalista não teria como continuar trabalhando no país. Al-Zeidi se transformou em herói para muitos, mas seu advogado teme ações por parte de extremistas. Poggia conta ainda que está redigindo uma carta ao Ministério de Relações Exteriores da Suíça para formalizar o pedido de asilo.

Em Bagdá, o processo contra o jornalista continua em um impasse, já que os promotores não sabem se acusam Al-Zeidi por agressão ou insulto contra Bush.





www.estadao.com.br/internacional/not_int309358,0.htm

sábado, 17 de janeiro de 2009

Caso Battisti: presidente da Itália envia carta a Lula

AE - Agencia Estado


SÃO PAULO - O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, enviou uma carta "pessoal" ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na qual demonstra "profundo assombro e decepção" pelo fato de o governo brasileiro não atender o pedido de extradição do extremista italiano Cesare Battisti, informou hoje o jornal italiano La Stampa em seu site. Battisti é condenado na Itália por envolvimento em quatro assassinatos. Outro jornal italiano, o Corriere dela Serra, também noticiou a mensagem de Napolitano a Lula.



Nesta semana, o ministro da Justiça, Tarso Genro, concedeu o status de refugiado político a Battisti, ex-membro do grupo terrorista italiano Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Battisti está preso no Brasil desde março de 2007 e enfrenta um pedido de extradição no Supremo Tribunal Federal (STF).



Uma decisão tomada na sexta-feira pelo presidente do STF, Gilmar Mendes, impediu a soltura imediata de Battisti. Mendes pediu ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, um parecer sobre o futuro do italiano. Em parecer anterior enviado ao tribunal em março do ano passado, Souza defendeu a extradição de Battisti.



Os crimes pelos quais Battisti foi declarado culpado na Itália foram cometidos entre 1978 e 1979. Nos anos 1980, o italiano se beneficiou de uma política do ex-presidente da França François Mitterrand, que acolheu extremistas dispostos a abandonar a militância. Nas duas últimas décadas Battisti tornou-se escritor. Quando Jacques Chirac chegou ao poder, o benefício dado pelo governo francês foi retirado e o italiano fugiu para o Brasil por volta de 2004, onde foi preso em 2007, em Copacabana.






www.estadao.com.br/noticias/nacional,caso-battisti-presidente-da-italia-envia-carta-a-lula,308747,0.htm

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Obama diz que sempre achou Bush "uma boa pessoa"

Da EFE

Washington, 16 jan (EFE).- O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje que sempre achou que o atual governante americano, George W. Bush, era "uma boa pessoa".


"Acho que ele é um bom homem que adora sua família e seu país", disse Obama em entrevista exclusiva à "CNN".


Obama criticou Bush com freqüência durante a campanha, dizendo que o atual presidente era responsável por "políticas fracassadas" e prometendo uma "ruptura total" com os últimos oito anos.


O entrevistador John King perguntou ao próximo governante se gostaria de se retratar em algo, agora que passou mais tempo com Bush.


Obama elogiou o presidente em fim de mandato por lhe ajudar a realizar uma transição fluente, e disse que o que caracteriza em parte o funcionamento dos EUA é sua capacidade para que haja desacordos políticos sem perder o civismo.


O próximo governante, que assumirá o poder na próxima terça-feira, afirmou também acreditar que Bush tomou as melhores decisões que pôde sob circunstâncias muito difíceis.


O democrata assegurou que isso não muda sua opinião de que nos últimos anos foram adotadas decisões errôneas e que agora ele deverá herdar as conseqüências de muitas delas.


Além de sua relação com Bush, Obama falou com a "CNN" sobre alguns dos assuntos cruciais que enfrentará durante os primeiros dias de seu Governo, como a segurança nacional e a economia.


Obama já entrou em desacordo com o Congresso sobre o desembolso do segundo lance do pacote de resgate financeiro de US$ 700 bilhões que Bush e o próprio Congresso aprovaram antes das eleições.


Indicou que o segundo lance desse pacote, no valor de US$ 350 bilhões, será atrelado a certas condições.


"Não há nada de errado em fixar algumas condições para nos assegurarmos de que o dinheiro não será destinado a compensar os executivos", assinalou.


O novo governante insistiu em que é importante que os proprietários de imóveis que estão perdendo suas casas tenham acesso ao crédito, assim como os pequenos empresários, que "são uma parte vital da economia".


"Se não conseguem obter crédito, vão acabar fechando suas portas. E quando fecham suas portas, as pessoas perdem postos de trabalho", indicou. EFE





http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL959770-5602,00-OBAMA+DIZ+QUE+SEMPRE+ACHOU+BUSH+UMA+BOA+PESSOA.html

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Comitê do Senado apoia indicação de Hillary Clinton para secretária de Estado

Da EFE

(atualiza com declarações de Hillary)


Washington, 15 jan (EFE).- O Comitê de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos aprovou hoje Hillary Clinton como próxima secretária de Estado, o que prepara o caminho para a confirmação da ex-primeira-dama pelo plenário da câmara alta.


O único integrante do comitê a votar contra sua indicação foi o republicano David Vitter, que expressou sua preocupação pelo possível conflito de interesse derivado das atividades filantrópicas da fundação de Bill Clinton.


A senadora democrata se apresentou na terça-feira ao comitê, onde prometeu que, uma vez empossada, inaugurará um novo curso na política externa, guiado pela diplomacia e pelo pragmatismo, e no qual o país só recorrerá à força como "último recurso".


Durante a audiência de confirmação, Richard Lugar, republicano de mais alta posição no Comitê de Relações Exteriores, questionou as atividades filantrópicas do ex-presidente Clinton, um dos poucos assuntos polêmicos na avaliação de Hillary.


"O problema é que os Governos e entidades estrangeiras podem ver a Fundação Clinton como uma forma de obter favores da secretária de Estado", disse Lugar, que pediu maior "transparência" à fundação, que, no entanto, defendeu as credenciais de Hillary para liderar a diplomacia americana.


O ex-presidente Bill Clinton aceitou, por causa desse acordo, publicar uma lista de todos os doadores de sua fundação até o momento e revelar anualmente os nomes de futuros doadores.


Além disso, comprometeu-se a submeter todas as futuras doações a uma avaliação ética por parte do Departamento de Estado.


Apesar deste caso, todas as previsões apontam que Hillary Clinton será confirmada como próxima secretária de Estado antes do final do mês, daí que ela mesma anunciou hoje sua renúncia como senadora, ocasião em que aproveitou para fazer uma revisão de seus oito anos na Câmara Alta.


"Encontrei alguns céticos na minha chegada", mencionou hoje a ex-primeira-dama americana, quem disse que durante seus anos na Casa Branca nunca entendeu por que o Senado tinha tantos recessos, algo que compreendeu após experimentar a que definiu como "esgotada" vida do senador americano.


Ela lembrou os "devastadores" atentados de 11 de setembro de 2001 contra Washington e Nova York, estado que representou junto com o também senador Charles Schumer.


Nascida em Chicago, Hillary disse hoje que a partir de agora sempre se sentirá nova-iorquina e afirmou que, apesar da nostalgia do momento, quer olhar para o futuro.


"Estou entusiasmada com o que pode acontecer nos próximos anos", afirmou, para, depois, expressar sua "profunda gratidão aos nova-iorquinos" que a elegeram senadora.


Ela reconheceu o momento difícil para os EUA, imersos em uma crise econômica e financeira e com duas guerras abertas, no Iraque e no Afeganistão, mas disse que "nestes momentos desafiantes e críticos para os EUA sigo sendo uma otimista".


A senadora democrata insistiu, na terça-feira, na necessidade de construir um mundo com "mais parceiros e menos adversários" e expressou seu interesse em colaborar com a Rússia e China e sua intenção de estender a mão a velhos aliados como Europa, Índia, Japão e Coreia do Sul.


Ela destacou que os Estados Unidos não podem resolver sós os problemas mais agudos do planeta, mas insistiu em que "o resto do mundo também não pode solucioná-los sem a América".


O voto no plenário do Senado deve ser dado poucos dias depois da posse de Barack Obama, na próxima terça-feira. EFE



http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL957924-5602,00-COMITE+DO+SENADO+APOIA+INDICACAO+DE+HILLARY+
CLINTON+PARA+SECRETARIA+DE+ESTA.html

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

São Paulo espera lucrar com possível venda de Kaká

AE - Agencia Estado


SÃO PAULO - O São Paulo acompanha de perto as negociações entre Manchester City e Milan para a venda dos direitos de Kaká. Caso o negócio seja concretizado, o clube paulista faz as contas e calcula que possa receber até 5% dos 100 milhões de libras (cerca de R$ 335 milhões) oferecidas pelo time inglês aos italianos.



Assim, é possível que a venda de Kaká possa render até R$ 17 milhões ao São Paulo. "Essa é apenas uma impressão, isso ainda está sendo estudado pelo presidente Juvenal Juvêncio e pelo departamento jurídico do clube", explicou Carlos Augusto de Barros e Silva, o vice-presidente de futebol são-paulino.



O repasse do dinheiro ao São Paulo, caso haja negócio, se dá por um mecanismo da Fifa que privilegia os clubes formadores. Ao vender os direitos de um jogador, as equipes têm de pagar um porcentual a quem revelou o atleta.



Em setembro do ano passado, o Santos lucrou em cima do Real Madrid com essa regra. Na venda de Robinho para o Manchester City, o time espanhol recebeu 40 milhões de euros (R$ 96 milhões) dos ingleses e teve de mandar cerca de R$ 4,5 milhões para a Vila Belmiro.

Tags: futebol, São Paulo, Kaká, Manchester City









www.estadao.com.br/noticias/esportes,sao-paulo-espera-lucrar-com-possivel-venda-de-kaka,307335,0.htm

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Em pregão volátil, Bovespa fecha em leve alta

Bolsa nacional teve elevação de 0,36%, aos 39.544 pontos.
Nos EUA e na Europa, mercados registram baixa.

Do G1, em São Paulo

Em um pregão marcado pela volatilidade, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou suas negociações desta terça-feira (13) com uma leve alta. O índice Ibovespa - principal referência do mercado brasileiro -apontou valorização de 0,36%, aos 39.544 pontos.


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Durante o pregão, a Bovespa alternou seguidamente de tendências, passando de uma baixa de 1,6% para uma alta de 1,9%, acompanhando as oscilações registradas na bolsa de Nova York e as flutuações nos preços das commodities no mercado internacional.

Nos EUA, após também oscilarem, os índices da Bolsa de Nova York se firmam no vermelho. Por volta das 17h50 de Brasília, o indicador Dow JOnes aponta queda de 0,59%, aos 8.423 pontos. Enquanto isso, o S&P 500 caía 0,25% e o Nasdaq recuava 0,11%.

Os investidores acompanham as notícias do setor financeiro, com o Citigroup confirmando que estuda a fusão de sua corretora com o Morgan Stanley. No segmento de tecnologia, o Wall Street Journal noticiou que Carol Bartz, ex-presidente da Autodesk, aceitou assumir a presidência-executiva do Yahoo.


No dia, o mercado também repercutiu o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano. Ben Bernanke afirmou que a estabilização do sistema financeiro do país pode necessitar de mais injeções de capital. A necessidade, segundo ele, advém da piora nas expectativas de crescimento da economia norte-americana e das perdas no crédito.

Outros mercados

Na Europa, os mercados acionários fecharam em queda, à medida que se intensificavam as preocupações dos investidores sobre a desaceleração econômica global, o que se refletiu em perdas para os bancos bancos.

O índice FTSEurofirst 300, que acompanha as principais ações europeias, caiu 1,69%, para 838 pontos. Na mínima da sessão, o indicador chegou a marcar 828 pontos.

Na Ásia, a terça-feira foi de alta apenas em Seul, onde o Seul Composite apresentou valorização de 0,95%. Já em Tóquio, o Nikkei-225 caiu 4,79%, motivado pela preocupação dos investidores com a valorização do iene e a perspectiva de resultados ruins da gigante japonesa da eletrônica Sony.

Na China, Hong Kong e Xangai caíram 2,17% e 1,95%, respectivamente. As exportações chinesas caíram 2,8% em dezembro, pior resultado desde abril de 1999.

(Com informações da Reuters e Valor Online)





http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL954089-9356,00-EM+PREGAO+VOLATIL+BOVESPA+FECHA+EM+LEVE+ALTA.html



segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Novas regras para portabilidade na saúde deve ser anunciado

Redação CORREIO

Deve ser anunciado nesta semana um pacote de regras para permitir que clientes mudem de empresas de saúde, sem perder direitos, chamada de portabilidade pela Agência Nacional de Saúde (ANS). Segundo estimativas do órgão, 6 milhões de pessoas poderão ser beneficiadas com as novas regras.

As novas regras da portabilidade só são válidas para quem tem plano individual e com contratos assinados depois de 1999, quando houve padronizações das condições. Os planos coletivos não serão enquadrados nas novas regras.

As carências, período no qual ficam vetadas algumas coberturas, já cumpridas pelo consumidor no plano anterior serão válidas para o plano posterior. Os planos serão divididos em faixas de preços, de acordo com o valor da mensalidade. Para ter direito à portabilidade, o consumidor terá que escolher um plano com valor equivalente , ou mais barato, que o de origem.

As trocas poderão ser feitas um mês antes ou depois da data de aniversário do contrato. As empresas terão até abril para se adaptar às novas medidas. A Agência Nacional de Saúde informou ainda que as operadoras de planos de saúde só podem descredenciar hospitais com autorização da ANS. A empresa fica obrigada a oferecer um outro hospital do mesmo nível e que tenha serviços semelhantes. Já o descredenciamento de clínicas e médicos pode ser feito sem o conhecimento da agência.

Sobre a carência, a agência explicou que é preciso cumprir prazos determinados pela legislação. Por exemplo, 24 horas, para casos de urgência e emergência. Seis meses psra procedimentos de alta complexidade e até dois anos, para doenças e lesões preexistentes.

(Com informações do G1)



http://correio24horas.globo.com/noticias/noticia.asp?codigo=15216&mdl=27

domingo, 11 de janeiro de 2009

Belém – PA, 393 anos!

Belém, nesta segunda - feira 12, os paraenses irão à Praça da República participar da festa de aniversário da Cidade que completará 393 anos de idade.

Será repartido para os moradores que comparecerem, um Bolo de 15 metros na comemoração da ilustre cidade Amazónica Belém Capital do Estado do Pará. A manhã na praça da República.

Nossa cidade atualmente até que tem uma administração equivalente com a ela; as ruas estão bem cuidadas, considerando que hoje o asfalto predomina na cidade quase toda.

Atualmente, não se pode comparar a cidade com o período em que o Prefeito Duciomar Costa assumiu pela primeira vez a administração municipal de Belém.

O que a população lamenta hoje, é a desigualdade economicamente existente entre seus habitantes e infelizmente é lamentável em todo o Brasil.

Os governantes e os endinheirados deste País, têm muitas preocupações sim, consigos mesmos, sabendo que o trabalhador não pode sobreviver com um Salário de 415,00 Reais que ao longo de dez anos é achatado literalmente à cerca de 46% do seu valor. Eles fazem que não vêem isto.

Os políticos que dizem representar o povo, aumentam seus próprios salários com bem querem, enquanto que o trabalhador é enganado nos pagamentos que recebem depois de um mês de muito suor derramado.

Os empregadores que podem, deveriam pagar seus empregados usando de justiça, mas não, dizem; vocês ganham pouco, por que o governo manda pagar é assim, quando eles, (empregadores) se fossem justos, pagariam melhor.

Todos são exploradores do trabalhador, pensam que não existe Justiça Divina; tiram uma de o rico, aquele da parábola bíblica,
"do rico e Lázaro", achando que não serão enquadrados no que diz a Bíblia, através do Apóstolo Tiago CAP 5.

1

EIA, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai, por vossas misérias, que sobre vós hão de vir.

2

As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas de traça.

3

O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós, e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias.

4

Eis que o jornal dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras, e que por vós foi diminuído, clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos exércitos.

5

Deliciosamente vivestes sobre a terra, e vos deleitastes; cevastes os vossos corações, como num dia de matança.

6

Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu.


Os homens deste País deveriam odiar a violência, não, eles a praticam abertamente, quando tomam sem preço os suores dos trabalhadores desta terra, eles atraem não só sobre si, o preço das suas maldades, mas também sobre os outros; os que são sofridos. Deixem de semear a maldade, porque a colheita será para vós todos que a praticais; ela virá sobre as vossas cabeças, assim como se levanta o sol a cada manhã sobre a terra.

Belém do Pará, assim como em Belém de Judá, nasceu o Salvador, nasça em ti, o princípio da justiça para com o pobre e o necessitado neste País, e o Brasil possa demonstrar isto para o mundo todo, em nome da sensatez dos homens, para felicidade de todos.




Costa


sábado, 10 de janeiro de 2009

Israel alerta palestinos sobre escalada de ataques em Gaza

Ataque israelense em Gaza
Ataques israelenses continuaram na madrugada de sábado

Especula-se que os panfletos sejam um sinal de que Israel vai adotar novas táticas em sua batalha com militantes palestinos.

Neste sábado, forças israelenses atacaram dezenas de alvos do Hamas, inclusive o que afirmaram ser locais usados para o lançamento de foguetes, armazéns de armas e túneis usados para contrabando.

Militantes do Hamas também lançaram vários foguetes contra cidades israelenses, ferindo duas pessoas em Ashkelon.

Fontes hospitalares em Gaza afirmam que mais de 800 palestinos já morreram desde o início da ofensiva, duas semanas atrás. Treze cidadãos israelenses também foram mortos nos recentes conflitos, a maioria deles soldados.

Os panfletos e mensagens telefônicas, em árabe, pediam aos moradores de Gaza que ficassem distantes de locais ligados ao Hamas, afirmando que as Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês) não estão atacando palestinos civis, mas “apenas o Hamas e terroristas”.

Uma mensagem telefônica dizia que “o terceiro estágio da operação” iria começar logo. Os bombardeios aéreos começaram duas semanas atrás e a invasão por terra uma semana atrás.

A fase três da operação militar poderia ser a entrada ainda mais profunda de forças israelenses em cidades e campos de refugiados, o que envolveria ainda mais riscos para os soldados israelenses e civis na Faixa de Gaza.

Foguetes

No pior incidente até agora, neste sábado, oito pessoas – aparentemente civis - foram mortas por artilharia israelense em rua no campo de refugiados de Jabaliya, segundo informações de fontes médicas israelenses.

Israel afirmou ter lançado mais de 70 ataques contra alvos do Hamas neste sábado, por terra, mar e ar, "acertando operadores de terror armados em diferentes incidentes".

Soldado israelense
Israel deve intensificar operação nos próximos dias
Esses números não puderam ser confirmados por fontes independentes, já que Israel proíbe a entrada de jornalistas estrangeiros na região.

Um porta-voz do exército israelense disse que um alto militante do Hamas , envolvido no lançamento de foguetes da Cidade de Gaza, Amir Mansi, foi morto por artilharia israelense neste sábado. O Hamas não fez nenhum comentário.

Há informações de que as tropas israelenses também chegaram mais perto da Cidade de Gaza, mas ainda não entraram nas zonas mais populadas.

Também neste sábado, representantes dos grupos rivais palestinos Hamas e Fatah seguiram para o Cairo para discutir uma proposta de cessar-fogo apresentada pelo Egito e apoiada pela França.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, pediu a todos os lados que aceitem a proposta “o quanto antes”, depois de se encontrar com o presidente egípcio Hosni Mubarak no Cairo.

Mas Abbas – que também é líder do Fatah - não controla Gaza e, segundo analistas, terá pouco impacto sobre o futuro do conflito.

Hamas, que assumiu o controle da Faixa de Gaza em Junho de 2007, enviou delegados para o Cairo pela segunda vez em uma semana, para negociações separadas.

Israel e Hamas ignoraram um chamado do Conselho de Segurança da ONU para um cessar-fogo imediato que levaria à retirada das tropas israelenses.

Israel afirma que os contínuos ataques com foguetes mostram que a resolução “não funciona”, enquanto o Hamas insiste que qualquer trégua tem que incluir o fim do bloqueio econômico de Israel à Gaza.

Tragédia humana

As agências de ajuda humanitária afirmam que os 1,5 milhão de moradores de Gaza precisam urgentemente de alimentos e ajuda médica.

Criança sendo carregada por soldado
Ataques já causaram morte de mais de 800 palestinos
A ONU declarou ter retomado as entregas para Gaza depois de suspender as operações no território na quinta-feira, afirmando que o motorista de um de seus caminhões havia sido morto por fogo israelense.

As forças israelenses afirmam ter “100% de certeza” de que não atacaram o veículo.

A violência explodiu na região depois do fim de um cessar-fogo de seis meses entre Israel e o Hamas, em Novembro passado, e um mês antes das eleições parlamentares em Israel.




www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2009/01/090110_gazasabnovo_ba.shtml

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Papa pede esforços redobrados contra pobreza para assegurar paz

«Hoje mais que nunca está em jogo o destino de nosso planeta e seus habitantes»


Por Inma Álvarez

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 8 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI insistiu nesta quinta-feira, em seu tradicional discurso anual ao Corpo Diplomático acreditado na Santa Sé, sobre a necessidade de lutar contra a pobreza para garantir a paz no mundo, e afirmou que para construir a paz «é necessário voltar a dar esperança aos pobres».

O Papa fez um balanço da situação internacional, especialmente dos conflitos existentes no mundo, da guerra e da atividade terrorista, e constatou que «apesar dos muitos esforços realizados, a tão desejada paz ainda está distante».

Contudo, acrescentou, «não podemos nos desanimar nem atenuar o compromisso a favor de uma autêntica cultura de paz, mas, pelo contrário, redobrar os esforços a favor da segurança e do desenvolvimento».

Dedicou uma especial atenção à atual crise econômica e suas consequências, especialmente para os países subdesenvolvidos.

Em seu discurso, o bispo de Roma quis dirigir o olhar «para os numerosos pobres de nosso planeta», especialmente no atual contexto de crise econômica.

Em linha com sua mensagem para a Jornada Mundial da Paz, recordou que para assegurar a paz no mundo é necessário «combater a pobreza».

Também advertiu que é «urgente adotar uma estratégia eficaz para combater a fome e favorecer o desenvolvimento agrícola local, mais ainda quando a porcentagem de pobres aumenta inclusive nos países ricos».

Neste sentido, ainda que avaliasse positivamente os acordos sobre desenvolvimento alcançados na Conferência de Doha, o Papa advertiu que «para sanar a economia, é necessário criar uma nova confiança» que «só se poderá alcançar através de uma ética fundada na dignidade inata da pessoa humana».

«Sei bem que isso é exigente, mas não é uma utopia», afirmou.

Hoje, mais que nunca, acrescentou o Santo Padre, «nosso porvir está em jogo, como o destino de nosso planeta e seus habitantes, em primeiro lugar das gerações jovens que herdam um sistema econômico e um tecido social duramente questionado».

Jovens, crianças, idosos e imigrantes

Outro dos pontos no qual o Papa se deteve foi a importância das novas gerações, especialmente de crianças e jovens, recordando também seu encontro da Jornada Mundial da Juventude de Sydney.

O Papa expressou seu convencimento de que para «combater a pobreza, devemos investir antes de tudo na juventude, educando-a em um ideal de autêntica fraternidade».

Este ideal, recordou, está expresso na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

«Meu discurso na sede da Organização das Nações Unidas se situa neste contexto: sessenta anos depois da adoção da Declaração universal dos direitos humanos, quis colocar em destaque que este documento se baseia na dignidade da pessoa humana, e esta, por sua vez, na natureza comum a todos, que transcende as diferentes culturas», afirmou.

Este reconhecimento da dignidade da pessoa deve levar a «construir nossa existência e as relações entre os povos sobre algumas bases de respeito e de fraternidade autênticas, conscientes de que esta fraternidade pressupõe um Pai comum a todos os homens, o Deus Criador».

Por outro lado, ao deter-se na situação da África, o Papa afirmou que a infância «deve ser objeto de uma atenção particular: vinte anos depois da adoção da Convenção sobre os direitos da criança, estes continuam sendo muito vulneráveis».

Em especial, o Papa recordou que «muitas crianças vivem o drama dos refugiados e dos desabrigados na Somália, em Darfur e na República Democrática do Congo. Trata-se de fluxos migratórios que afetam milhões de pessoas que têm necessidade de ajuda humanitária e que antes de tudo estão privadas de seus direitos elementares e feridas em sua dignidade».

Também recordou as crianças não nascidas, que definiu como «os seres humanos mais pobres», assim como os idosos e os enfermos.

Ao se referir à América Latina, o Papa falou sobre os imigrantes e pediu que as legislações «levem em conta as necessidades dos que migram, facilitando o reagrupamento familiar e conciliando as legítimas exigências de segurança com as do respeito inviolável da pessoa».

O desarmamento é necessário

O Papa aludiu também à questão do desarmamento, e mostrou a preocupação da Santa Sé pelos «sintomas de crise que se percebem no campo do desarmamento e da não proliferação nuclear».

«A Santa Sé não cessa de recordar que não se pode construir a paz quando os gastos militares subtraem enormes recursos humanos e materiais aos projetos de desenvolvimento, especialmente dos países mais pobres», afirmou o Papa.

Neste sentido, recordou que a Santa Sé «procurou estar entre os primeiros em assinar e ratificar a «Convenção sobre as bombas cluster», documento que tem também o propósito de reforçar o direito internacional humanitário».

«A pobreza se combate se a humanidade se torna mais fraterna, compartilhando os valores e as idéias, fundados na dignidade da pessoa, na liberdade vinculada à responsabilidade, no reconhecimento efetivo do lugar de Deus na vida do homem», concluiu.




http://www.zenit.org/article-20471?l=portuguese







segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

UE está pronta para recolocar observadores na fronteira entre Gaza e Egito

Da EFE


Cairo, 5 jan (EFE).- A União Européia (UE) está pronta para recolocar os observadores europeus na passagem fronteiriça de Rafah, que separa a Faixa de Gaza e o Egito, assim que for alcançado um cessar-fogo no território palestino, afirmou hoje o alto representante para Política Externa e Segurança Comum do bloco, Javier Solana.


A passagem de Rafah está fechada desde que o movimento palestino Hamas tomou o controle da Faixa de Gaza, em junho de 2007, após combates contra forças leais ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.


Com a saída dos representantes da ANP de Gaza, retiraram-se também da passagem fronteiriça de Rafah os observadores europeus, e o Egito decidiu manter fechado o ponto fronteiriço e abrí-lo apenas por razões humanitárias.


"A União Européia está pronta para enviar os europeus que atuavam como observadores do posto fronteiriço de Rafah", disse Solana aos jornalistas, após participar de uma reunião com o presidente egípcio, Hosni Mubarak.


Solana disse também que, se for alcançado um cessar-fogo em Gaza, "os observadores europeus estarão prontos para prestar sua colaboração construtiva".


O alto representante fez suas declarações na cidade turística egípcia de Sharm el-Sheikh, onde hoje uma missão européia liderada pelo ministro de Assuntos Exteriores tcheco, Karl Schwarzenberg, se reuniu com Mubarak.


"A União Européia, nesta etapa crítica na região, está pronta para colaborar com um cessar-fogo o mais rápido possível", disse Solana aos jornalistas, em declarações reproduzidas pela agência estatal egípcia "Mena".


O posto de Rafah é o único que liga Gaza ao exterior. Os outros postos fronteiriços conectam o território palestino a Israel.


A comissária das Relações Exteriores da UE, Benita Ferrero-Waldner, disse que o bloco fará todos os esforços possíveis para que se permita a assistência humanitária a Gaza.


"A UE tentará conseguir que os hospitais trabalhem de novo. Isso requer um imediato cessar-fogo, e nós vamos cooperar com nossos amigos na região nesses esforços", acrescentou Ferrero-Waldner.


A missão européia, depois de se reunir com Mubarak, foi para a segunda etapa de sua viagem: Israel. Também planeja se reunir com autoridades palestinas na Cisjordânia e com autoridades jordanianas, como parte da viagem pela região, que termina amanhã.


Solana viajará também à Síria e ao Líbano, na terça-feira, para se reunir com as autoridades desses dois países, chaves para qualquer solução negociada no Oriente Médio. EFE



http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL943438-5602,00-UE+ESTA+PRONTA+PARA+RECOLOCAR+OBSERVADORES+NA+FRONTEIRA+ENTRE
+GAZA+E+EGITO.html

Refinamento de Pesquisas