segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Conciliação pode se tornar obrigatória no Código de Processo Civil


[Foto:  comissão de juristas ]
Em sua primeira reunião, a comissão de juristas que irá elaborar o anteprojeto de Código de Processo Civil aprovou nesta segunda-feira (30) a proposta de obrigatoriedade de realização de audiência de conciliação. A ideia é a de que haja um grande esforço para que as partes entrem em um acordo a fim de que as audiências de conciliação possam efetivamente resultar no fim do processo, como explicou a relatora da comissão, a professora e advogada Teresa de Arruda Alvim Wambier.

Essa proposta garantirá, assim, maior rapidez na resolução do processo. Segundo o presidente da comissão, ministro Luiz Fux, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o novo Código de Processo Civil deve ter como princípio informativo a duração razoável dos processos. Para isso, a comissão estuda também a supressão de recursos e outros fatores de atraso do processo.

Segundo lembrou a relatora, a audiência de conciliação já está prevista na lei, mas passaria a ser obrigatória. A professora observou que, num primeiro momento, pode haver certa oposição por parte de alguns juízes à ideia, já que a exigência de mais uma audiência significaria uma pauta mais carregada para o juiz. Teresa Wambier disse, no entanto, que essa sugestão, se incorporada ao texto do novo Código, permitirá a redução substancial do número de processos. A relatora registrou que, na reunião da comissão, juízes relataram suas experiências, afirmando que, se houver efetivo empenho do juiz em favor da conciliação, haverá resultado.

Sobre esse ponto, o presidente da comissão disse que a proposta "é uma estratégia que acompanha formas alternativas de solução de litígio". Luiz Fux ressaltou que a comissão não se opõe a possibilidades como arbitragem, mediação, competência absoluta dos Juizados Especiais e outras destinadas a desafogar a Justiça.

Outra decisão adotada pela comissão foi a de permitir que o réu, na mesma ação em que está sendo acusado, possa fazer pedidos contra o autor da ação. Isso porque hoje o juiz pode até utilizar a defesa do réu como fundamento da sentença, mas não pode reconhecer um direito do réu se não houver pedido específico.
Direitos
Teresa Wambier disse que o "pano de fundo" das discussões é fazer com que o processo seja mais simples e célere. Mas essa celeridade, observou, não pode ser obtida a qualquer custo, e sim a partir de algumas simplificações com respeito aos princípios constitucionais, com a manutenção dos direitos das partes.

Já Luiz Fux afirmou que a comissão pretende criar um novo paradigma, inserir novas figuras no Código, afastar institutos não utilizados, tornar mais concentrados os atos do juiz. O ministro anunciou que, concluído o anteprojeto, a comissão submeterá o texto ao controle prévio de constitucionalidade do Supremo Tribunal Federal (STF).




Rita Nardelli / Agência Senado

(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Governo brasileiro não reconhecerá eleição em Honduras

TÂNIA MONTEIRO - Agencia Estado




BRASÍLIA - O porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, reafirmou hoje a posição do governo brasileiro de não reconhecer o resultado das eleições presidenciais do próximo domingo em Honduras sem que o presidente deposto Manuel Zelaya tenha sido reconduzido ao cargo.

"A posição brasileira não mudou. O Brasil não reconhecerá o governo que eventualmente saia das eleições, se é que elas serão realizadas", declarou Baumbach no Centro Cultural Banco do Brasil. Em Tegucigalpa, capital hondurenha, Zelaya está abrigado na Embaixada do Brasil.

De acordo com o porta-voz, a questão de Honduras certamente entrará nas conversas entre os presidentes que estiverem participando da 10ª Reunião da Cúpula Ibero-americana, a se realizar em Estoril, Portugal, na próxima semana. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será um dos participantes, mas Baumbach disse que ele não tentará conseguir dos participantes o anúncio de uma posição conjunta sobre a crise hondurenha.

Carta

Questionado se a relação do Brasil com os Estados Unidos pode ser prejudicada pelas divergências entre os dois países em relação a Honduras, o porta-voz disse que "não existe razão" para isso. "As relações são boas, fortes e robustas, e é normal que existam divergências."

Baumbach disse que Lula responderá à carta que Obama lhe escreveu sobre o caso de Honduras, mas não especificou quando isso será feito nem quais serão os termos da resposta.

Sobre a permanência de Zelaya na Embaixada do Brasil, o porta-voz afirmou: "O problema não é a permanência de Zelaya na embaixada, mas ausência desse presidente, legitimamente eleito, no Palácio do governo."

Segundo o porta-voz, é preciso que Zelaya retorne ao cargo, e o governo brasileiro não está pensando em prazo de permanência dele na Embaixada. "É importante dizer que não se trata de uma questão bilateral Brasil-Honduras, mas de um governo de facto, vindo de um golpe, e a comunidade internacional."

Baumbach informou que a cúpula de Estoril discutirá inovação e conhecimento no espaço ibero-americano e também o problema das mudanças climáticas, além da crise econômico-financeira internacional.





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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Consulta a locais de prova do Enem já está disponível na internet

Os candidatos que vão participar nos dias 5 e 6 de dezembro do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já podem consultar pela internet os locais onde farão prova. O sistema de busca está disponível no site do exame.

Os participantes também receberão em casa os cartões de confirmação de inscrição até 30 de novembro. No cartão, também há as informações sobre os locais e horários do exame. Quem não receber pode consultar essas informações pela internet ou pelo telefone 0800 61 61 61.

As provas do Enem serão aplicadas nos dias 5 e 6 de dezembro a 4,1 milhões de estudantes. Tanto no sábado (5) como no domingo (6), os portões serão abertos ao meio-dia e ao exame começará a ser aplicado às 13h (horário de Brasília). No primeiro dia, os exames serão de ciências da natureza e humanas. No segundo, será a vez de avaliar o conhecimento dos estudantes em linguagens e códigos, matemática e redação. Cada prova terá 45 questões de múltipla escolha, totalizando 180 durante os dois dias.

O Enem estava marcado para os dias 3 e 4 de outubro, mas foi adiado depois de uma das provas ter sido furtada de uma gráfica de São Paulo que estava imprimindo o material. A partir deste ano, o exame é requisito para a entrada em pelo menos 40 universidades federais, além de ser necessário para quem disputa uma bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni).








terça-feira, 24 de novembro de 2009

Pré-sal: Cabral e Hartung defendem nova negociação

RENATO ANDRADE E LEONARDO GOY - Agencia Estado

BRASÍLIA - Os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e do Espírito Santo, Paulo Hartung, defenderam hoje a retomada das discussões com o governo federal para a manutenção do acordo feito há duas semanas sobre a divisão das receitas da cobrança de royalties no pré-sal.

Em reunião com as duas bancadas na Câmara dos Deputados, os dois governadores afirmaram que o reinício da negociação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é necessária para tentar evitar que prospere no plenário da Câmara a proposta defendida pelos governadores do Nordeste, que querem aumentar a fatia de recursos dos royalties que será obtida nas áreas de exploração do pré-sal já licitadas.

Cabral disse que conversará sobre o assunto com o presidente Lula amanhã, no Rio. Os dois governadores defenderam o adiamento da votação do projeto de lei que estabelece o sistema de partilha na exploração e produção do petróleo do pré-sal. A votação está oficialmente prevista para hoje, no plenário da Câmara. Mas, para que tenha início a discussão do projeto, é preciso que os deputados votem, antes, uma medida provisória (MP) que está trancando a pauta.

"Precisamos ter um tempo para retomarmos a discussão. O açodamento, a corda esticada, o cabo de guerra vai produzir um monstrengo", afirmou Paulo Hartung, durante a reunião das bancadas.

Sérgio Cabral, por sua vez, voltou a criticar duramente os parlamentares e governadores que defendem a alteração das regras de distribuição dos royalties nas áreas do pré-sal já licitadas. "Estão fazendo proselitismo com o Estado alheio, e isso não é correto", acusou o governador fluminense. "Não aceito sentar para discutir 1%, sequer, do que já foi licitado e é receita do meu Estado", acrescentou.

No acordo feito com Lula há duas semanas, ficou estabelecido que os Estados e municípios que não produzem petróleo em sua costa receberão 44% das receitas com a cobrança de royalties nas áreas do pré-sal ainda não licitadas. Ficou acertado também que nas áreas já licitadas, que representam cerca de 28% do total, as regras de repartição dos recursos seriam mantidas, o que significa que apenas 7,5% dos recursos obtidos com a cobrança dessa compensação seriam repartidos entre todos os Estados e municípios do País.

Petrobras

O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse hoje que para a estatal é indiferente como se dá a distribuição dos royalties entre os entes da Federação.

"O contrato diz que os royalties são de 10%. Se os royalties são mantidos em 10%, a divisão deles entre os Estados é uma decisão do Congresso Nacional, é uma questão federativa. Para a Petrobras, é indiferente", disse Gabrielli ao deixar a audiência pública na Comissão Mista do Orçamento no Congresso.

Gabrielli ponderou, entretanto, que não pode haver aumento de alíquotas nas áreas já licitadas. No pré-sal que ainda não foi leiloado, a proposta em discussão no Congresso é aplicar 15%. "Quinze por cento para o que já foi licitado não pode. Aí é quebra de contrato", disse.




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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Imprensa britânica critica escolha para os altos cargos da UE


Bloco escolheu Herman Van Rompuy como presidente e Catherine Ashton como comissária de política externa
Gabriel Bueno, da Agência Estado






LONDRES - Jornais britânicos criticaram nesta sexta-feira, 20, as nomeações do primeiro presidente e da primeira chanceler da União Europeia, ocorrida em uma cúpula do grupo na quinta-feira, em Bruxelas. Parte da imprensa questionou o peso político dos nomeados, avaliando que eles poderiam ter dificuldades no cenário mundial.

Veja também:

Os jornais também protestaram contra o processo secreto da seleção dos dois novos líderes. Um deles chegou a qualificar a ação como "um tapa na cara dos princípios fundamentais da democracia britânica".

Daily Mail qualificou a nova chanceler, Catherine Ashton, como uma desconhecida do Partido Trabalhista, e o novo presidente, o belga Herman Van Rompuy, como um federalista fanático que quer criar impostos. "A boa notícia? Pelo menos não é (o ex-primeiro-ministro britânico Tony) Blair", ironizou o diário. A Grã-Bretanha desistiu de sua campanha para eleger Blair o primeiro presidente da UE. Com isso, Van Rompuy acabou recebendo aprovação unânime no encontro em Bruxelas.

Financial Times disse que Van Rompuy e Catherine "iriam lutar para parar o tráfico (de pessoas) em suas próprias cidades" e que as nomeações podem lançar dúvidas se eles serão capazes de competir em Washington ou Pequim. "A escolha de dois relativamente desconhecidos...desaponta aqueles que queriam dar à Europa mais peso no cenário mundial", analisou o jornal. "Mais provavelmente o presidente dos EUA e o primeiro-ministro chinês continuarão a trabalhar com a Europa primariamente através de conversas bilaterais com Berlim, Londres e Paris", previu o diário.

The Guardian fez análise semelhante, afirmando que as nomeações atrapalham os planos da União Europeia de levar o mundo a prestar mais atenção no bloco. Segundo o Guardian, foi desperdiçada uma valiosa chance de ganhar peso diante do chamado G-2 (EUA e China).

O jornal espanhol El País também adotou linha semelhante, notando que foram escolhidas "figuras débeis" para o tamanho dos desafios que o bloco tem pela frente.

Os tabloides foram mais duros, notando o fato de que a dupla foi escolhida durante um jantar de líderes, e não eleitos pelos europeus. O subeditor de política do The Sun, Graeme Wilson, chegou a dizer que a falta de representatividade do processo mostra "novamente como esse desacreditado império europeu está podre até a raiz".

Já Philip Webster, editor do The Times, adotou uma postura mais sóbria e notou que o grande derrotado era Blair, que perdeu a disputa mesmo com o apoio do atual premiê britânico, Gordon Brown. Webster lembrou que o passado atrapalhou o ex-líder, por sua aliança com George W. Bush e o apoio à guerra no Iraque. O Times apostou que Catherine pode ter um bom desempenho no posto de chanceler, após construir uma reputação como comissária de comércio da UE de uma negociadora que consegue resultados. "Ela pode não parar o tráfico (de pessoas), mas é uma boa construtora de pontes e esse agora é o trabalho dela", avaliou um diplomata que pediu anonimato.



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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Avenida dos Bandeirantes, em SP, é liberada, mas trânsito segue complicado na cidade








A avenida dos Bandeirantes, na zona sul de São Paulo, foi liberada, em ambos os sentidos, por volta das 8h50, mas o trânsito, segundo informações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) ainda é complicado.


Futura Press
Carrreta tombou na avenida Bandeirantes
Carrreta tombou na avenida Bandeirantes

A avenida estava bloqueada desde as 4h30 desta terça-feira em razão de um acidente ocorrido, na pista local, no sentido Marginal Pinheiros, sob o Viaduto Santo Amaro, região da Vila Olímpia. Um caminhão que transportava acetato de metila - solvente utilizado em colas, tintas e vernizes - bateu contra um poste e tombou. Os bombeiros foram acionados, já que o produto vazou.
Neste momento, apenas uma rua local está bloqueada por causa da carreta que foi transferida para esta via e aguarda remoção.
Segundo informações da CET, o motorista enfrenta 5,1 km de lentidão no sentido Marginal Pinheiros da avenida, do Viaduto Aliomar Baleeiro até o Viaduto Santo Amaro. Na cidade, a CET registrava, às 10h, 114 km de congestionamento - índice acima da média para o horário.
Além dos bombeiros, agentes da Eletropaulo, da Defesa Civil e da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) trabalharam no local. Uma espuma foi jogada por cima do produto químico para evitar que ele continuasse se espalhando.
Rodovia dos Bandeirantes liberada

A Rodovia dos Bandeirantes também apresentou problemas. Um acidente envolvendo três caminhões, dois deles transportando açúcar e piso de cerâmica, bloqueou três das quatro faixas de rolamento da pista sentido interior-capital, na altura do quilômetro 24, próximo ao Rodoanel, região de Perus, na zona norte de São Paulo, até as 8h30. O motorista do caminhão que transportava pisos morreu no local.

Segundo a concessionária Autoban, o motorista chegou a enfrentar congestionamento de cinco quilômetros. Parte das carga de pisos caiu na pista.

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domingo, 15 de novembro de 2009

Informação é remédio para o diabetes

Silvia Pacheco


Pior do que o desconhecimento sobre uma doença são os mitos ou as falsas crenças sobre ela, que, muitas vezes, impedem a adesão ao tratamento correto e até a aceitação do problema. É o caso do diabetes(1), que, numa visão errônea, assombra as pessoas com o manto da incapacitação e da redução da expectativa de vida. O erro nisso tudo, segundo especialistas, está na falta de esclarecimento e de educação sobre como conviver com a doença. Isso leva tanto os pacientes quanto as pessoas sadias a uma falsa ideia de uma doença muito difícil de conviver.

Diversas entidades médicas e governamentais buscam a educação como ferramenta no esclarecimento do diabetes e, principalmente, na sua prevenção. Para isso, desde 1991, 14 de novembro foi intitulado como o Dia Mundial do Diabetes, criado com o desafio de conscientizar pacientes, familiares, médicos, governos e sociedade civil sobre a doença e a melhor foma de enfrentá-la. Estatísticas da Federação Internacional do Diabetes (IDF, sigla em inglês) indica que há 250 milhões de diabéticos no mundo — 12 milhões só no Brasil —, e que esse número pode chegar a 380 milhões nos próximos 15 anos, se nenhuma atitude eficiente for tomada. Além disso, estima-se que a metade das pessoas com a doença desconheça a própria condição. “O melhor que podemos fazer é disseminar conhecimentos básicos para que as pessoas possam identificar e evitar o aparecimento da doença”, afirma Reginaldo Albuquerque, endocrinologista e membro da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).

O diabetes é um distúrbio metabólico decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade dela de agir adequadamente. Os casos mais comuns são os dos tipos 1 e 2 (leia quadro). “Se o diabetes não for tratado adequadamente, leva à perda de visão e da função renal e causa duas vezes mais infartos, além de provocar amputação de membros”, informa Albuquerque. Considerada uma doença silenciosa, ela precisa de atenção, tanto na prevenção quanto no tratamento. “Há casos em que o paciente não tem o conhecimento que desenvolveu a moléstia. E, em muitas situações, mesmo quando é informado, não tem o tratamento médico adequado e as orientações necessárias”, destaca o endocrinologista Antônio Roberto Chacra, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-SP).

Convivência
Jane Dullius, doutora em educação em diabetes e coordenadora do Programa Doce Desafio, conhecido como Proafidi, que promove a educação em diabetes no Distrito Federal, trabalha com 120 diabéticos, e acredita que a doença seja estigmatizada como algo muito ruim já no consultório médico. Segundo ela, alguns diabéticos que fazem parte do programa relataram que os próprios médicos os amedrontam para que sigam o tratamento à risca. “Antigamente, o diabetes era uma doença que precisava ser temida, porque eram poucos os recursos para evitar ou minimizar as complicações. As coisas, porém, mudaram, e não podemos mais aceitar esse tipo de profissional que amedronta o paciente”, sentencia.

Hoje, o que diferencia uma boa aceitação e convivência com o diabetes de uma ruim são, além da evolução da medicina e da tecnologia, decisões e atitudes tomadas pelos pacientes relacionadas ao tratamento da doença. “Sem a educação em diabetes, os pacientes estão menos preparados para tomar decisões baseadas em informações e para fazer mudanças de comportamento destinadas a lidar com os aspectos psicossociais da doença. Viver com o diabetes não é o fim do mundo, é aprender a se cuidar e se adaptar às mudanças de forma positiva”, defende Dullius, que convive com o diabetes há 38 anos.

Dado: guitarrista do Legião Urbana convive com a doença desde os 11 anos e, hoje, aposta na disciplina - (Gustavo Moreno/Esp. CB/D.A Press - 28/2/07)
Dado: guitarrista do Legião Urbana convive com a doença desde os 11 anos e, hoje, aposta na disciplina
O músico e guitarrista da banda brasiliense Legião Urbana Dado Villa-Lobos, 44, descobriu que era diabético tipo 1 com 11 anos. Ele relata que, no começo, foi difícil aceitar a doença por não ter conhecimento de suas consequências nem do que ela significava. A reviravolta no estilo de vida veio de uma vez, e ele precisou do apoio da família para que conseguisse estabelecer as mudanças necessárias. “É uma responsabilidade muito grande para uma criança se adaptar a um outro ritmo de vida, com injeções e alimentação restrita. Minha família foi essencial para que eu me adaptasse àquela nova realidade”, conta o músico.

Disciplina
Dado relata que a disciplina é fundamental para quem convive com o diabetes, e garante que, por conta dela, pode levar a vida com maior normalidade. “O diabetes fez com que eu me conhecesse melhor e ficasse mais atento às coisas que aconteciam comigo. A disciplina imposta acaba sendo saudável não só para se conviver com a doença como para levar uma vida com mais qualidade.” O tratamento de Dado acabou refletindo na família. Segundo ele, o fato de comer melhor e na quantidade certa, além da adoção da prática de exercícios, fez com que sua família adotasse o mesmo estilo. “Tenho um filho de 21 anos que se alimenta de forma equilibrada e saudável por conta da minha condição.” O músico ressalta a importância do diabético se informar sobre a doença, principalmente os adolescentes, que, em sua maioria, sentem vergonha em dizer que têm o problema. “Isso não pode ser escondido em momento algum. É importante dizer ao grupo com o qual a pessoa convive sua condição, para que saibam como agir caso você tenha uma complicação.”

A paulistana Luciana Oncken, 35, convive com o diabetes tipo 2 há seis anos e não é diferente da maioria: revoltou-se quando descobriu que tinha a doença, e acreditou que não poderia levar uma vida normal. Com o tratamento e o acompanhamento médico, Luciana garante que hoje vive melhor que antes. Há quatro meses, ela deu à luz uma menina, depois de uma gravidez tranquila. “Com planejamento e disciplina, se consegue levar bem a gravidez, diferentemente do que muitas mulheres imaginam”, afirma. Luciana também criou um blog, em que as pessoas trocam experiências e informações sobre a doença.
Luciana Oncken: educação sobre a doença possibilitou que ela passasse por uma gravidez tranquila - (Arquivo Pessoal)
Luciana Oncken: educação sobre a doença possibilitou que ela passasse por uma gravidez tranquila

“Tem muita gente angustiada por ter diabetes. O blog é uma ferramenta para compartilhar essa angústia”, relata. A moça ressalta a importância de encarar a doença positivamente: “Por conta do diabetes, penso no que hoje pode afetar no futuro. Coisa que todos deveriam pensar, mas não dão o devido valor”.

1- Desde a antiguidade
Você sabia que o diabetes era diagnosticado pelo sabor adocicado da urina dos pacientes? É exatamente essa a origem do nome diabetis mellitus (doce como mel). Longe de ser um fenômeno moderno, o diabetes é conhecido desde a antiguidade. A primeira descrição documentada dos sintomas até hoje encontrada está em um papiro egípcio. O papiro de Ebers data de 1552 a.C., tem 20m de comprimento e é considerado o documento médico mais importante do antigo Egito, com relatos de sintomas e receitas para vários distúrbios.

A doença
O diabetes é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal da glicose ou do açúcar no sangue. Ela se manifesta quando o organismo não consegue utilizar os nutrientes (derivados de carboidratos, proteínas e gorduras) provenientes da digestão dos alimentos para produzir energia e mover o corpo ou para armazená-los em órgãos como o fígado, músculos e células gordurosas.

Consequências
Quando não tratada adequadamente, causa doenças tais como infarto do coração, derrame cerebral, insuficiência renal, problemas visuais e lesões de difícil cicatrização, que podem levar à amputação de membros, dentre outras complicações.
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Sintomas
# Fome e sede excessivas
# Desejo frequente de urinar
# Sensação de cansaço na maior parte do tempo, sem razão aparente
# Visão embaçada
# Perda excessiva de peso, apesar da grande ingestão de alimentos

Tipo 1
As pessoas não produzem insulina (hormônio produzido pelo pâncreas, que ajuda o corpo a usar ou a armazenar a glicose dos alimentos). O tratamento é feito com injeções de insulina. Metade de todos os casos aparece na infância ou no início da adolescência. Cerca de 10% da população estão no Tipo 1, e normalmente são crianças, adolescentes e jovens que apresentam falta de insulina no sangue.

Tipo 2
As pessoas produzem insulina, mas, por algum motivo, as células em seus corpos são resistentes à ação da insulina ou não produzem insulina suficiente. Noventa por cento da população está no grupo 2. Nesses casos, a doença normalmente se manifesta após os 45 anos, em pessoas com excesso de peso, sedentárias e, em geral, que possuem antecedentes familiares diabéticos.

Estatísticas
# A cada ano, calcula-se que 7 milhões de pessoas desenvolvem diabetes no mundo
# O diabetes é a quarta maior causa mundial de morte por doença
# A cada 10 segundos, duas pessoas desenvolvem diabetes
# A cada 10 segundos, uma pessoa morre de causas relacionadas ao diabetes
# Em países em desenvolvimento, estima-se que 80% das pessoas com diabetes desconhecem que têm a doença
# A cada ano, 3,8 milhões de mortes são atribuídas ao diabetes
# Estudos mostram que exercícios físicos e dieta equilibrada previnem 80% dos casos de diabetes tipo 2

Fonte: Guia Completo Sobre Diabetes da American Diabetes Association, Associação de Diabetes Juvenil, Sociedade Brasileira de Diabetes e Federação Internacional de Diabetes



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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Integração asiática é desafio para Obama

Vínculos cada vez maiores entre países do leste dificultam plano dos EUA de aumentar influência na região
Cláudia Trevisan - O Estado de S. Paulo


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Visualizar Giro de Obama pela Ásia em um mapa maior
 PEQUIM - A Ásia que o presidente dos EUA, Barack Obama, encontrará a partir desta sexta-feira, 13, é uma região cada vez mais integrada por laços comerciais, financeiros e de investimentos organizados em torno da China emergente.

Veja também:
''Obamania'' causa furor na China 

Pelo menos no leste da Ásia, esses vínculos econômicos se traduzem em arranjos institucionais que nem sempre incluem os americanos, apesar de a atual administração americana definir seu país como pertence à zona de influência Ásia-Pacífico.

O primeiro-ministro do Japão, Yukio Hatoyama, com quem Obama se encontrará hoje, defende uma comunidade do Leste Asiático. Posição semelhante é sustentada pelo primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd. Os países do Sudeste Asiático já se reúnem na Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês), que tem um formato ampliado chamado de Asean + 3, incluindo China, Japão e Coreia do Sul.

"Washington terá de moldar sua relação com o Leste Asiático à crescente integração regional, buscando uma nova abordagem para a área", disse ao Estado Wang Yong, professor da Escola de Estudos Internacionais da Universidade de Pequim.

No centro desse novo arranjo está a emergência da China, que tem peso crescente no comércio regional. Em janeiro, entra em vigor o acordo de livre comércio China-Asean, que será o terceiro maior do mundo depois da União Europeia e do Nafta (EUA, México e Canadá). No ano passado, o comércio entre a China e os dez países da Asean atingiu US$ 193 bilhões, acima do intercâmbio entre o bloco e os EUA e próximo do patamar registrado com Japão e União Europeia, maiores parceiros do Sudeste Asiático.

Com seu giro de sete dias pela Ásia, o primeiro como presidente dos EUA, Obama pretende ampliar a presença americana na região.

Jeffrey Bader, principal assessor do presidente para a Ásia, afirma que a viagem demonstrará que os EUA estão no continente para ficar. "À medida que a Ásia continuar a crescer e novas associações e estruturas tomarem forma, Washington será um participante ativo, não um distante espectador", declarou Bader em palestra no Brookings Institution, em Washington.

Depois de Tóquio, Obama vai a Cingapura, onde participará de encontros da Asean e da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec). Posteriormente, segue para a China, onde se reúne com líderes chineses em Xangai e Pequim e visita a Muralha da China e a Cidade Proibida. A visita à Coreia do Sul ocorrerá enquanto seu governo se prepara para enviar à Coreia do Norte um representante para tentar retomar as negociações nucleares com Pyongyang.


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terça-feira, 10 de novembro de 2009

DOMINGOST: ´´Madonna é um luxo``, diz governador do Rio

DOMINGOST: ´´Madonna é um luxo``, diz governador do Rio

http://www.youtube.com/watch?v=FPUhLKwZJeQ&feature=player_embedded

´´Madonna é um luxo``, diz governador do Rio


Da Redação

brasil@eband.com.br

“A Madonna é um luxo”, disse o governador Sérgio Cabral nesta segunda-feira, no Complexo do Alemão, durante lançamento de duas unidades móveis do Procon (Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor).

O governador aproveitou a vinda da cantora para defender a imagem do Rio. "Que bom que a Madonna vai na contramão dos pessimistas e adora o Rio. Ela é um dos ícones da música pop internacional”, afirmou Cabral ao lado do ministro da Justiça, Tarso Genro.

No evento, ficou confirmado um jantar com Madonna na casa do empresário Eike Batista, o homem mais rico do Brasil. A reunião deve contar ainda com a presença do prefeito do Rio, Eduardo Paes.

Outro encontro que está sendo agendado em São Paulo é com a primeira-dama, Marisa Letícia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está com a agenda muito cheia e não poderá recebê-la. 

"Ela [Madonna] está encantada com o Rio de Janeiro, quer participar, quer ajudar, vai rodar várias comunidades. A Madonna é um luxo. É muito bom. Enquanto uns vendem o Rio como um caso problemático, a Madonna vem aqui pra dizer que o Rio é maravilhoso. Viva o Rio", completou.

A cantora, que esteve no país em dezembro de 2008 com sua turnê, chegou na manhã de ontem ao Brasil para investir em projetos sociais. Madonna pretende conseguir doações de empresários brasileiros para a fundação que ela abriu há três anos, e que já desenvolve projetos na África.


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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Congresso hondurenho começa a discutir restituição de Zelaya

JB Online

TEGUCIGALPA - O Congresso hondurenho começou a discutir o conteúdo do acordo para pôr fim à crise política no país, disse o presidente do Legislativo, José Alfredo Saavedra. - Nós conhecemos hoje o teor do acordo, que vamos distribuir aos 128 deputados - afirmou Saavedra à rádio HRN. No entanto, ele não deu nenhuma data para a sessão extraordinária que votará o chamado Acordo Guaymuras Tegucigalpa/San Jose, porque o Congresso está em recesso.

Pelo menos 65 deputados teriam de votar a favor do retorno de Zelaya ao poder. O presidente do Legislativo prometeu que 'nada vai ser feito fora desse acordo, porque esse acordo é o resultado do diálogo entre vários setores da sociedade'.

Mas ele alertou que 'o Congresso é um poder inteiramente independente do resto das autoridades constituídas' e cada membro é livre para decidir.

Enquanto isso, Eduardo Reina, conselheiro de Zelaya, disse em comunicado que o acordo identifica especificamente o procedimento para reverter o golpe de Estado e qualquer interpretação fora desse contexto, será mais uma afronta ao povo de Honduras e da comunidade internacional.

O conselheiro pediu que o Congresso aja com a diligência necessária e velocidade.

Na quinta-feira deve ser formado um governo de união nacional para governar até 27 de janeiro, quando haverá a entrega do poder ao vencedor das eleições de 29 de novembro.


http://jbonline.terra.com.br

domingo, 1 de novembro de 2009

Em artigo, FHC critica governo Lula e pede 'fim do continuísmo'

Para ele, país está ‘regressando a formas políticas do autoritarismo militar’.
Ex-presidente critica legislação do petróleo e processo de compra de jatos.
Do G1, em Brasília

FHC em conferência na Associação Comercial de São Paulo (Foto: William Volcov/AE)

O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso fez fortes críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em artigo publicado neste domingo (1º) nos principais jornais do país. Para FHC, é preciso dar “um basta no continuísmo antes que seja tarde”. Ele considera que, atualmente, o “DNA do ‘autoritarismo popular’ vai contaminado o espírito da democracia”.

“Vamos regressando a formas políticas do tempo do autoritarismo militar (...) Diferentemente do que ocorria com o autoritarismo militar, o atual não põe ninguém na cadeia. Mas da própria boca presidencial saem impropérios para matar moralmente empresários, políticos, jornalistas ou quem quer que seja que ouse discordar do estilo ‘Brasil-potência’”, destaca FHC.

Ao longo do texto, cujo título é “Para onde vamos?”, o ex-presidente critica medidas de Lula, como a proposta de mudança na legislação do petróleo para a exploração da camada do pré-sal, a 'ingerência governamental” na Vale e o processo de compra de aviões militares pelo Brasil. FHC classifica tais exemplos de “pequenos assassinatos”.

“Por que fazer o Congresso engolir, sem tempo para respirar, uma mudança na legislação do petróleo mal explicada, mal ajambrada?”, questiona. “Por que anunciar quem venceu a concorrência para a compra de aviões militares se o processo de seleção não terminou?”, acrescenta, se referindo a preferência de Lula por caças franceses.

FHC também pergunta o porquê de “antecipar a campanha eleitoral e, sem qualquer pudor, passear pelo Brasil às custas do Tesouro exibindo uma candidata clauditante”. Para o ex-presidente, Lula escolheu “no dedaço” a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, para ser a candidata do PT nas eleições presidenciais de 2010.

Em um trecho do artigo, o ex-presidente critica a aproximação diplomática do Brasil com o Irã. “Parece mais confortável fazer de conta que tudo vai bem e esquecer as transgressões cotidianas, o discricionarismo das decisões, o atropelo, se não das lei, dos bons costumes”.

O G1 entrou em contato com a Presidência da República, que informou que, por enquanto, não irá se manifestar sobre as críticas feitas pelo ex-presidente.



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