Ataques israelenses continuaram na madrugada de sábado |
Especula-se que os panfletos sejam um sinal de que Israel vai adotar novas táticas em sua batalha com militantes palestinos.
Neste sábado, forças israelenses atacaram dezenas de alvos do Hamas, inclusive o que afirmaram ser locais usados para o lançamento de foguetes, armazéns de armas e túneis usados para contrabando.
Militantes do Hamas também lançaram vários foguetes contra cidades israelenses, ferindo duas pessoas em Ashkelon.
Fontes hospitalares em Gaza afirmam que mais de 800 palestinos já morreram desde o início da ofensiva, duas semanas atrás. Treze cidadãos israelenses também foram mortos nos recentes conflitos, a maioria deles soldados.
Os panfletos e mensagens telefônicas, em árabe, pediam aos moradores de Gaza que ficassem distantes de locais ligados ao Hamas, afirmando que as Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês) não estão atacando palestinos civis, mas “apenas o Hamas e terroristas”.
Uma mensagem telefônica dizia que “o terceiro estágio da operação” iria começar logo. Os bombardeios aéreos começaram duas semanas atrás e a invasão por terra uma semana atrás.
A fase três da operação militar poderia ser a entrada ainda mais profunda de forças israelenses em cidades e campos de refugiados, o que envolveria ainda mais riscos para os soldados israelenses e civis na Faixa de Gaza.
Foguetes
No pior incidente até agora, neste sábado, oito pessoas – aparentemente civis - foram mortas por artilharia israelense em rua no campo de refugiados de Jabaliya, segundo informações de fontes médicas israelenses.
Israel afirmou ter lançado mais de 70 ataques contra alvos do Hamas neste sábado, por terra, mar e ar, "acertando operadores de terror armados em diferentes incidentes".
Israel deve intensificar operação nos próximos dias |
Um porta-voz do exército israelense disse que um alto militante do Hamas , envolvido no lançamento de foguetes da Cidade de Gaza, Amir Mansi, foi morto por artilharia israelense neste sábado. O Hamas não fez nenhum comentário.
Há informações de que as tropas israelenses também chegaram mais perto da Cidade de Gaza, mas ainda não entraram nas zonas mais populadas.
Também neste sábado, representantes dos grupos rivais palestinos Hamas e Fatah seguiram para o Cairo para discutir uma proposta de cessar-fogo apresentada pelo Egito e apoiada pela França.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, pediu a todos os lados que aceitem a proposta “o quanto antes”, depois de se encontrar com o presidente egípcio Hosni Mubarak no Cairo.
Mas Abbas – que também é líder do Fatah - não controla Gaza e, segundo analistas, terá pouco impacto sobre o futuro do conflito.
Hamas, que assumiu o controle da Faixa de Gaza em Junho de 2007, enviou delegados para o Cairo pela segunda vez em uma semana, para negociações separadas.
Israel e Hamas ignoraram um chamado do Conselho de Segurança da ONU para um cessar-fogo imediato que levaria à retirada das tropas israelenses.
Israel afirma que os contínuos ataques com foguetes mostram que a resolução “não funciona”, enquanto o Hamas insiste que qualquer trégua tem que incluir o fim do bloqueio econômico de Israel à Gaza.
Tragédia humana
As agências de ajuda humanitária afirmam que os 1,5 milhão de moradores de Gaza precisam urgentemente de alimentos e ajuda médica.
Ataques já causaram morte de mais de 800 palestinos |
As forças israelenses afirmam ter “100% de certeza” de que não atacaram o veículo.
A violência explodiu na região depois do fim de um cessar-fogo de seis meses entre Israel e o Hamas, em Novembro passado, e um mês antes das eleições parlamentares em Israel.
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