Washington, 16 jan (EFE).- O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou hoje que sempre achou que o atual governante americano, George W. Bush, era "uma boa pessoa".
"Acho que ele é um bom homem que adora sua família e seu país", disse Obama em entrevista exclusiva à "CNN".
Obama criticou Bush com freqüência durante a campanha, dizendo que o atual presidente era responsável por "políticas fracassadas" e prometendo uma "ruptura total" com os últimos oito anos.
O entrevistador John King perguntou ao próximo governante se gostaria de se retratar em algo, agora que passou mais tempo com Bush.
Obama elogiou o presidente em fim de mandato por lhe ajudar a realizar uma transição fluente, e disse que o que caracteriza em parte o funcionamento dos EUA é sua capacidade para que haja desacordos políticos sem perder o civismo.
O próximo governante, que assumirá o poder na próxima terça-feira, afirmou também acreditar que Bush tomou as melhores decisões que pôde sob circunstâncias muito difíceis.
O democrata assegurou que isso não muda sua opinião de que nos últimos anos foram adotadas decisões errôneas e que agora ele deverá herdar as conseqüências de muitas delas.
Além de sua relação com Bush, Obama falou com a "CNN" sobre alguns dos assuntos cruciais que enfrentará durante os primeiros dias de seu Governo, como a segurança nacional e a economia.
Obama já entrou em desacordo com o Congresso sobre o desembolso do segundo lance do pacote de resgate financeiro de US$ 700 bilhões que Bush e o próprio Congresso aprovaram antes das eleições.
Indicou que o segundo lance desse pacote, no valor de US$ 350 bilhões, será atrelado a certas condições.
"Não há nada de errado em fixar algumas condições para nos assegurarmos de que o dinheiro não será destinado a compensar os executivos", assinalou.
O novo governante insistiu em que é importante que os proprietários de imóveis que estão perdendo suas casas tenham acesso ao crédito, assim como os pequenos empresários, que "são uma parte vital da economia".
"Se não conseguem obter crédito, vão acabar fechando suas portas. E quando fecham suas portas, as pessoas perdem postos de trabalho", indicou. EFE
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