quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Comitê do Senado apoia indicação de Hillary Clinton para secretária de Estado

Da EFE

(atualiza com declarações de Hillary)


Washington, 15 jan (EFE).- O Comitê de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos aprovou hoje Hillary Clinton como próxima secretária de Estado, o que prepara o caminho para a confirmação da ex-primeira-dama pelo plenário da câmara alta.


O único integrante do comitê a votar contra sua indicação foi o republicano David Vitter, que expressou sua preocupação pelo possível conflito de interesse derivado das atividades filantrópicas da fundação de Bill Clinton.


A senadora democrata se apresentou na terça-feira ao comitê, onde prometeu que, uma vez empossada, inaugurará um novo curso na política externa, guiado pela diplomacia e pelo pragmatismo, e no qual o país só recorrerá à força como "último recurso".


Durante a audiência de confirmação, Richard Lugar, republicano de mais alta posição no Comitê de Relações Exteriores, questionou as atividades filantrópicas do ex-presidente Clinton, um dos poucos assuntos polêmicos na avaliação de Hillary.


"O problema é que os Governos e entidades estrangeiras podem ver a Fundação Clinton como uma forma de obter favores da secretária de Estado", disse Lugar, que pediu maior "transparência" à fundação, que, no entanto, defendeu as credenciais de Hillary para liderar a diplomacia americana.


O ex-presidente Bill Clinton aceitou, por causa desse acordo, publicar uma lista de todos os doadores de sua fundação até o momento e revelar anualmente os nomes de futuros doadores.


Além disso, comprometeu-se a submeter todas as futuras doações a uma avaliação ética por parte do Departamento de Estado.


Apesar deste caso, todas as previsões apontam que Hillary Clinton será confirmada como próxima secretária de Estado antes do final do mês, daí que ela mesma anunciou hoje sua renúncia como senadora, ocasião em que aproveitou para fazer uma revisão de seus oito anos na Câmara Alta.


"Encontrei alguns céticos na minha chegada", mencionou hoje a ex-primeira-dama americana, quem disse que durante seus anos na Casa Branca nunca entendeu por que o Senado tinha tantos recessos, algo que compreendeu após experimentar a que definiu como "esgotada" vida do senador americano.


Ela lembrou os "devastadores" atentados de 11 de setembro de 2001 contra Washington e Nova York, estado que representou junto com o também senador Charles Schumer.


Nascida em Chicago, Hillary disse hoje que a partir de agora sempre se sentirá nova-iorquina e afirmou que, apesar da nostalgia do momento, quer olhar para o futuro.


"Estou entusiasmada com o que pode acontecer nos próximos anos", afirmou, para, depois, expressar sua "profunda gratidão aos nova-iorquinos" que a elegeram senadora.


Ela reconheceu o momento difícil para os EUA, imersos em uma crise econômica e financeira e com duas guerras abertas, no Iraque e no Afeganistão, mas disse que "nestes momentos desafiantes e críticos para os EUA sigo sendo uma otimista".


A senadora democrata insistiu, na terça-feira, na necessidade de construir um mundo com "mais parceiros e menos adversários" e expressou seu interesse em colaborar com a Rússia e China e sua intenção de estender a mão a velhos aliados como Europa, Índia, Japão e Coreia do Sul.


Ela destacou que os Estados Unidos não podem resolver sós os problemas mais agudos do planeta, mas insistiu em que "o resto do mundo também não pode solucioná-los sem a América".


O voto no plenário do Senado deve ser dado poucos dias depois da posse de Barack Obama, na próxima terça-feira. EFE



http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL957924-5602,00-COMITE+DO+SENADO+APOIA+INDICACAO+DE+HILLARY+
CLINTON+PARA+SECRETARIA+DE+ESTA.html

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