Agencia Estado
A fabricante americana de veículos Ford anunciou nesta quinta-feira, 29, um prejuízo de US$ 14,6 bilhões no ano passado, o pior resultado de seus 105 anos de existência.
Apesar do terceiro ano consecutivo de perdas – em 2007, os prejuízos somaram US$ 2,72 bilhões –, a companhia reafirmou que ainda não precisa de ajuda financeira do governo para fechar suas contas.
Depois de anunciar o resultado negativo, a empresa confirmou a demissão de 1,2 mil funcionários na unidade Ford Motor Credit a partir de fevereiro e que vai retirar US$ 10,1 bilhões de suas linhas de crédito no próximo dia 3 para usar em usar operações.
"A Ford América do Sul continuou contribuindo significativamente para os resultados globais. Apesar da forte desaceleração do último trimestre, fechamos o ano com números positivos", prossegue o executivo. Oliveira ainda admitiu que 2009 será um ano bastante desafiador, e que há necessidade de manutenção da saúde do caixa da companhia, "numa estrutura de custos enxuta, e colaboradores bem preparados".
Para o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, a Ford não tem como usar o argumento do prejuízo mundial para promover demissões na Bahia. “Aqui não teve prejuízo. Em 2008, a empresa vendeu mais e lucrou mais do que em 2007”, diz.
Segundo ele, foram produzidos cerca de 209 mil veículos no ano passado. “Foi por isso que reivindicamos a manutenção dos postos de trabalho”, afirma Bonfim.
Ele cita como indicador da melhoria no mercado outra empresa, a Jardim Autopeças, também em Camaçari, que havia demitido em janeiro dez trabalhadores, dos quais quatro já foram reintegrados.
De acordo com o diretor do sindicato, a Ford projetou a produção em fevereiro de 13 mil carros. Com a melhoria do mercado, deverá atingir entre 17 e 18 mil carros.
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