terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Obama quer que guerra no Afeganistão acabe em 3 anos

Da EFE


Washington, 1 dez (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, quer retirar a maior parte dos soldados do país do Afeganistão em até três anos e espera que a guerra acabe em 2012, segundo membros do alto escalão do Governo americano citados pela rede de televisão "CNN".

Esses objetivos vêm a público poucas horas antes de Obama anunciar sua nova estratégia para o Afeganistão, que deve incluir o envio ao Afeganistão de mais 30 mil soldados, que se somariam aos 68 mil já destacados na região.

Fontes da Casa Branca disseram à "CNN" que Obama espera que os reforços estejam operando no terreno em até seis meses.

O presidente americano também quer compromissos adicionais por parte dos aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) como parte de uma estratégia que almeja a erradicação do grupo terrorista Al Qaeda, o treinamento das tropas afegãs e a progressiva estabilização do país.

Os funcionários do Governo dos EUA consultados pela "CNN", que falaram sob condição de anonimato, relataram que Obama chegou à conclusão de que era necessário acelerar o desdobramento dos reforços militares para acabar com a influência talibã.

Um integrante do Pentágono disse à "CNN" que o prazo de seis meses é "muito agressivo" e seria difícil fazer com que o Exército americano o cumpra.

Mesmo assim, o citado funcionário demonstrou confiar em que o Exército será capaz de cumprir essa ordem.

O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, apontou que, além de anunciar o aumento de tropas, Obama também explicará por que os Estados Unidos estão envolvidos no Afeganistão.

A "CNN" lembrou hoje que a decisão de reforçar a presença militar no Afeganistão representa um risco evidente para Obama, que divulgará sua estratégia apenas nove dias antes de receber o Prêmio Nobel da Paz em Oslo (Noruega).

O reforço militar, que deve custar quase US$ 30 bilhões por ano aos cofres americanos, chega num momento no qual a taxa de desemprego ronda os 10% e coincide com uma crescente rejeição ao conflito no país.

As tropas americanas invadiram o Afeganistão em resposta aos atentados de 11 de setembro de 2001 contra Washington e Nova York.

A invasão terminou com a derrubada do regime talibã, o qual tinha permitido que a organização terrorista Al Qaeda operasse a partir de território afegão.

Desde então, os líderes talibãs voltaram a se agrupar na região montanhosa fronteiriça com o Paquistão.

Acredita-se que o terrorista de origem saudita Osama bin Laden e outros líderes da Al Qaeda estejam escondidos nas regiões tribais ao norte do Paquistão, na fronteira com o Afeganistão. EFE


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