Sessão foi fechada logo após a abertura por falta de quórum.
Manifestantes dizem que ficam no plenário até segunda-feira.
Manifestantes dizem que ficam no plenário até segunda-feira.
Rafael TarginoDo G1, em Brasília
A Câmara Legislativa do Distrito Federal adiou para a semana que vem, por falta de quórum, a escolha do novo corregedor da Casa, que vai analisar os processos de quebra de decoro contra oito deputados supostamente envolvidos em esquema de divisão de propina no DF. Após o fim da sessão, cerca de 80 estudantes voltaram a ocupar o plenário da Câmara. Eles dizem que só vão deixar o local na próxima segunda-feira.
A decisão, anunciada na tarde desta quinta (3), provocou protestos dos manifestantes que desocuparam o plenário para a abertura da sessão e estavam na galeria reservada ao público. Após a sessão, os estudantes voltaram a ocupar o plenário da Câmara. Segundo a assessoria do presidente de presidente interino, Cabo Patrício (PT), não vai mais haver reintegração de posse.
Ao encerrar a sessão desta quinta, Patrício disse que não havia quórum porque “os parlamentares não se sentem seguros” de vir à Casa. Somente os cinco deputados que fazem oposição ao governador José Roberto Arruda (DEM) estavam presentes na abertura da sessão. Outros dois deputados estiveram na Câmara.
A escolha do novo corregedor é crucial para o andamento dos processos contra os deputados supostamente envolvidos no esquema de divisão de dinheiro entre aliados do governo do DF. O corregedor será o primeiro a analisar o processo e dar um parecer pela sua continuidade ou não. Já os processos de impeachment contra o governador do DF, José Roberto Arruda (DEM), e seu vice, Paulo Octávio (ambos do DEM), irão primeiro para a procuradoria da Câmara, em seguida para a CCJ e, depois, para votação em plenário.
Na sessão desta quinta, Patrício leu o novo requerimento de impeachment do governador e do vice, impetrado no começo da tarde pelo PSB. O escândalo do mensalão do DEM de Brasília começou no dia 27 de novembro,quando a Polícia Federal deflagrou a operação Caixa de Pandora. No inquérito, o governador José Roberto Arruda é apontado como o comandante de um esquema de distribuição de propina a deputados distritais e aliados.
Requerimentos
Com apenas seis deputados em plenário, o presidente em exercício da Câmara leu no começo da noite de quarta-feira (2) seis requerimentos de impeachment de Arruda e Paulo Octávio, e dos processos de quebra de decoro contra parlamentares acusados de envolvimento em um suposto esquema de propina. A leitura dos requerimentos é o primeiro passo no processo que vai analisar a permanência de Arruda no governo.
De acordo com o presidente interino da Câmara, Cabo Patrício (PT), se o processo contra o governador chegar ao plenário e houver 16 votos pela procedência, Arruda é afastado imediatamente do cargo. A análise dos pedidos de impeachment contra o governador pode ser suspensa caso ele renuncie antes da instalação de algum dos processos. Se houver renúncia após uma possível aprovação, o processo continua correndo.
De acordo com o presidente interino da Câmara, Cabo Patrício (PT), se o processo contra o governador chegar ao plenário e houver 16 votos pela procedência, Arruda é afastado imediatamente do cargo. A análise dos pedidos de impeachment contra o governador pode ser suspensa caso ele renuncie antes da instalação de algum dos processos. Se houver renúncia após uma possível aprovação, o processo continua correndo.
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