Segundo alguns peritos, o acidente que envolveu os dois submarinos nucleares, o do «HMS Vanguard» e o «Le Triomphant» poderia ter tido consequências desastrosas, embora só tenha danificado a fuselagem, devido à baixa velocidade a que foi o embate. No momento da colisão, debaixo de água, tanto o «Vanguard» como o seu congénere francês, «Le Triomphant», estavam armados com mísseis nucleares e transportavam no total mais de 240 marinheiros.
Na origem do contacto entre os dois submarinos poderá estar um excesso de eficácia do anti-sonar mas, de acordo com um perito inglês, também poderá ter havido um erro de procedimento já que a NATO centraliza informações sobre as patrulhas. Também Jérôme Erulin, chefe do serviço de informações e de relações públicas da marinha francesa, acredita que o facto dos anti-sonares serem «demasiado eficazes» poderá ter estado na origem do acidente. «Quando concebemos os submarinos nucleares hoje em dia tentamos que façam menos ruído do que o próprio mar. Neste caso, foram dois submarinos supersilenciosos que se encontraram e a sua capacidade para se ouvirem um ao outro não foi suficientes», explicou Erulin.
Apesar da perigosidade da carga, tanto as autoridades francesas como as britânicas garantiram não ter havido perigo de uma explosão nuclear. «É muito pouco provável que tivesse havido uma explosão», disse ao jornal britânico The Sun uma fonte do Ministério da Defesa britânico. Mas esta admitiu, contudo, que «uma fuga radioactiva teria sido possível. Pior, podíamos ter perdido a tripulação e as cabeças nucleares. Isso sim teria sido uma catástrofe nacional», adiantou a fonte. |
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