terça-feira, 13 de abril de 2010

Pesquisa Sensus não surpreende o PT; já PSDB coloca em dúvida resultado


A pesquisa Sensus, divulgada nesta terça-feira e que mostra empate entre os presidenciáveis Dilma Rousseff e José Serra, não surpreendeu o PT. O PSDB, no entanto, colocou dúvidas sobre a veracidade do resultado, lembrando que o levantamento foi feito a pedido de um sindidato.
O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse que não é hora de subir no salto alto e que só comemora o resultado de eleição. “Eu não comemoro pesquisa. Eu acho que eles vão ficar empatados até o começo da campanha, no meio do ano”. 
Segundo a sondagem, Serra tem 32,7% das intenções de voto, enquanto Dilma aparece com 32,4%; Ciro Gomes (PSB) com 10,1% e Marina Silva (PV), 8,1%. Votos brancos ou nulos somam 7,7%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Para Dutra, as críticas da oposição sobre o desempenho da ministra na pré-campanha se revelaram factóides. Na semana passada, durante viagem de Dilma a Minas Gerais , lideranças do PSDB, DEM e PPS disseram que ela “escorregou” ao sugerir uma parceria com o governador do Estado, Antonio Anastasia. “Só mostra como eles criam factóides. Eles estão sem discurso, sem projeto”, reagiu. 
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) colocou em dúvida o resultado a pesquisa Sensus. Lembrou que o levantamento foi contratado por um sindicato, o Sintrapav (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Pesada de São Paulo).
“Não gosto de desconstruir pesquisa. Mas uma diferença de 9%, da pesquisa do Datafolha, para 0%, do Instituto Sensus, é muito estranha”, disse o senador tucano. “Essa não é a fotografia do momento”, completou.
Para Alvaro Dias, o levantamento não condiz com a realidade, já que, nos últimos dias, houve vários fatos positivos da campanha de José Serra (PSDB). Entre eles, o pré-lançamento realizado no sábado.


http://ultimosegundo.ig.com.br



segunda-feira, 12 de abril de 2010

Saiba mais sobre o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP)


João Coscelli, do estadão.com.br, e Roberto Godoy, de O Estado de S. Paulo
O Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) é um acordo de 1968 cujos objetivos são impedir o uso de materiais atômicos para fins bélicos, promover a erradicação das armas nucleares e assegurar o uso da energia nuclear apenas para fins pacíficos.

O TNP apresenta termos diferentes para Estados "nuclearmente armados" e para os "não-nuclearmente armados", mas impede a ambos os grupos de fornecer, produzir ou adquirir por outros meios dispositivos bélicos atômicos. O TNP considera "um Estado nuclearmente armado aquele que tiver fabricado ou explodido uma arma nuclear ou outro artefato explosivo nuclear antes de 1 º de janeiro de 1967."
Ao todo, 189 países e Taiwan, que a ONU reconhece como território chinês, aderiram ao TNP. Apenas Israel, Paquistão, Índia e Coreia do Norte não fazem parte do acordo. Os norte-coreanos inicialmente aderiram ao TNP, mas em janeiro de 2003 se retiraram do tratado. O Brasil entrou é signatário desde setembro de 1998.
Protocolo Adicional
Desde 1997, os signatários do TNP podem aderir ao Protocolo Adicional. O documento prevê procedimentos invasivos, de acesso à tecnologia, por exemplo, dos sistemas enriquecimento.
A adesão ao Protocolo Adicional é voluntária, mas as potências atômicas reconhecidas (EUA, França, Reino Unido, Rússia e China) pressionam os países desarmados a aderir. O documento foi ratificado por 93 dos 189 membros do TNP, e as potências citadas não são obrigadas a permitir inspeções em suas centrais de produção de material nuclear.
Posição brasileira
O Brasil é signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) desde 18 de setembro de 1998. Uma cláusula inamovível da Constituição de 1988 determina que o País não terá - e caberá ao governo não permitir a presença em território nacional - de artefatos atômicos de ataque; armas em definição final. As decisões que levaram a essa posição foram tomadas depois do Brasil ter o estratégico domínio teórico e prático de todo o ciclo do combustível nuclear, da extração ao enriquecimento do urânio.
Para chegar a esse ponto especialistas da Marinha, instituição que mantém a pesquisa e o desenvolvimento no setor há cerca de 30 anos criaram máquinas ultracentrífugas de notável desempenho, alta qualidade e custo reduzido. As primeiras ainda estão em funcionamento e são ao menos cinco vezes mais eficientes do que eram quando foram ativadas. Os modelos mais novos oferecem rendimento 40% maior.
Essa é uma das razões pelas quais o Brasil não vai aderir ao termo aditivo proposto pelas Nações Unidas por meio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O documento prevê procedimentos invasivos, de acesso à tecnologia, por exemplo, dos sistemas enriquecimento. Tudo o que a AIEA precisa saber é quanto de U-238 (material energeticamente 'pobre') entra nas centrífugas, quanto de U-235 (mais 'rico') sai, e o que é feito com o resíduo, em uma conta que não deve apresentar sobras.
O monitoramento remoto é realizado 24 horas por dia por sensores eletrônicos e câmeras de televisão acondicionados em caixas blindadas, lacradas pela Agência. Inspeções periódicas são feitas por técnicos. O Brasil é a única nação que permite a fiscalização de instalações militares, como o Centro Aramar, em Iperó, no interior de São Paulo.


www.estadao.com.br



quinta-feira, 8 de abril de 2010

Um milhão de toneladas de lixo e entulho soterraram moradores do Morro do Bumba

 Valmir Moratelli, iG Rio de Janeiro




O coronel José Paulo, do Corpo de Bombeiros, afirmou que os trabalhos de resgate no Morro do Bumba, em Niterói, deve durar mais de quinze dias, pois será preciso retirar mais de um milhão de toneladas de lixo e entulho do local. Segundo estimativas da Prefeitura de Niterói, entre 200 e 300 pessoas devem estar soterradas após o deslizamento de terra ocorrido por volta das 20h50 de quarta-feira. Até as 14h, dez corpos tinham sido encontrados e 21 sobreviventes haviam sido resgatados.



Arte iG

Com isso, sobe para 89 o número de mortes confirmadas no município por causa das chuvas que atingem a região desde o início da semana. Niterói é a cidade mais afetada pelos temporais que castigam o Rio de Janeiro há dois dias. No Estado, já são mais de 150 mortos.
Helio Motta
Morro do Bumba, onde deslizamento pode ter soterrado cerca de 200 pessoas
"Difícil ter sobreviventes"
Na manhã desta quinta-feira, o secretário de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, disse que considera extremamente pequena a chance de encontrar ainda sobreviventes porque a lama impede a passagem de oxigênio e "cada minuto que passa mais difícil fica".
Côrtes avalia que o desabamento de tantas casas ao mesmo tempo pode ter sido facilitado pelas condições do terreno, pois ali havia anteriormente um aterro sanitário. "Não sou geólogo, mas imagine um aterro sanitário onde a água se infiltra mais rapidamente".
Na hora do desabamento, chovia e ventava muito na região.
 
Veja imagens do morro do Bumba
 
Trabalho de resgate
 
Cinco unidades dos bombeiros, entre os quais o Grupamento Florestal com cães farejadores, foram deslocadas para o morro do Bumba. Cerca de 150 homens trabalham no local.
 
A tragédia no Rio já supera a ocorrida em Santa Catarina, em novembro de 2008, quando morreram 135 pessoas por causa dos temporais. A maioria dos óbitos, no Rio, foi causada por deslizamentos de terra ou desabamentos, segundo informações da Defesa Civil do Estado.
Segundo a Defesa Civil, os municípios mais afetados pelo mau tempo foram Rio de Janeiro e Niterói, com 48 e 85 mortes, respectivamente. Os municípios de São Gonçalo (16), Nilópolis (1), Petrópolis (1) Paulo de Frontin (1) e Magé (1) também contabilizam mortes.
Em relação ao número de feridos, a corporação informa que o número muda rapidamente. O último balanço realizado, por volta das 5h desta quinta-feira, aponta 161 resgatados em todo o Estado do Rio.
(*com informações de Sabrina Lorenzi, iG Rio de Janeiro)
Dramas e relatos

Leia também:



http://ultimosegundo.ig.com.br

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Após 8 dias, 100 chineses são resgatados de mina


AE-AP - Agência Estado
Pelo menos cem mineiros chineses foram resgatados com vida nesta segunda-feira, após ficarem presos durante mais de uma semana em uma mina de carvão inundada. Os mineiros resgatados eram envoltos em mantas pelos bombeiros e levados rapidamente até ambulâncias, para seguirem até hospitais próximos da região. Alguns deles protegiam os olhos, por estarem desacostumados à luz.
Um porta-voz das equipes de resgate afirmou que chegou a 115 o número de sobreviventes resgatados. Um total de 153 mineiros ficou preso na mina de carvão, e ainda o resgate de 38 deles. As equipes bombeavam a água da mina desde 28 de março, quando trabalhadores romperam a parede de um poço abandonado, inundando a mina na província de Shanxi, no norte do país.
"Por fim, ocorreu um milagre", afirmou um porta-voz das equipes, Liu Dezheng, após serem salvos os primeiros nove mineiros, por volta da meia-noite. "Acreditamos que ocorrerão mais milagres", previu. Membros das equipes de resgate se abraçavam, chorando, em uma cena difundida pela televisão estatal. Os mineiros disseram que se prenderam com seus cintos à parede, para não se afogarem enquanto dormiam.
O aumento súbito dos resgatados foi uma rara e boa notícia para a mineração na China, que tem o setor mais perigoso do mundo.
Tópicos: Chinaminainundaçãoresgate


www.estadao.com.br



Refinamento de Pesquisas