O ministro da Justiça, Tarso Genro, lamentou que a discussão e tramitação do projeto de reforma política não tenham avançado no Congresso Nacional. A proposta foi elaborada por um grupo de trabalho coordenado pelo Ministério da Justiça e Tarso disse que essa equipe, com a colaboração do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e de uma comissão de notáveis, "investiu muitas energias".
"A reforma política é algo absolutamente necessário para a democracia avançar no Brasil", afirmou. "Muitas questões, como o fisiologismo, derivam do deformado sistema político brasileiro", acrescentou o ministro, na última entrevista coletiva antes de deixar, amanhã, a chefia da pasta - ele passará o cargo para o secretário-executivo do ministério, Luiz Paulo Barreto.
Tarso destacou como realizações de sua gestão o Programa Nacional de Segurança com Cidadania (Pronasci), o fim da espetaculosidade nas ações da Polícia Federal (PF), a implantação da Lei Seca no trânsito, a lei de regulamentação dos serviços de call center e a repatriação de bens enviados ilegalmente ao Exterior por quadrilhas de lavagem de dinheiro.
O Pronasci, no entender do ministro, está mudando "profundamente" o quadro de insegurança nos grandes centros brasileiros, com a adoção de medidas de prevenção e de apoio à juventude.
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