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NOVA YORK - A produtividade dos Estados Unidos subiu no ritmo mais acelerado em seis anos durante o segundo trimestre, enquanto o setor empresarial continuou sentindo o impacto das recentes demissões, em um sinal de que a recuperação econômica será lenta.
Um relatório do Departamento de Trabalho mostrou que a produtividade fora do setor agrícola, que mede a produção por hora e por funcionário, saltou 6,4% na taxa anualizada, na maior alta desde o terceiro trimestre de 2003, após avanço de 0,3% entre janeiro e março.
"A recuperação da produtividade é uma nova indicação de que a forte recessão americana está se aproximando do fim. A má notícia é que, no entanto, as empresas estão relutantes em contratar", afirmou Harm Bandholz, economista do UniCredit Markets and Investment Banking em Nova York.
Outro relatório do governo apontou que os estoques no atacado dos EUA caíram em julho pelo décimo mês consecutivo, frente à incerteza sobre o quão duradorura pode ser uma recuperação.
A produtividade fora do setor agrícola é considerada uma medida geral do desempenho da atividade comercial, sendo uma interpretada como um indício do aproveitamento eficiente de funcionários e capital e do sucesso do controle de custos.
Os dados devem trazer tranquilidade ao Federal Reserve (FED, banco central americano), já que a autoridade monetária sugere que a inflação permanece moderada.
O banco central americano inicia nesta terça-feira sua reunião regular de política monetária e as expectativas são de que a taxa básica de juro do país seja mantida próxima a zero.
"Os números dão ao FED mais espaço para manter o juro baixo por mais tempo para direcionar a economia o mais rápido possível através da fase de recuperação para a de expansão", disse Brian Bethune, economista-chefe na IHS Global Insight na Lexington Massachusetts.
A relação estoques/vendas caiu para 1,26 mês em junho, ante 1,28 mês em maio, menor patamar desde outubro.
O relatório de produtividade por sua vez mostrou que as horas trabalhadas mergulharam em 7,6% no segundo trimestre, enquanto a produção caiu 1,7%.
Sinalizando que as pressões inflacionárias continuam fracas e que a deflação é uma ameaça, o custo unitário do trabalho caiu 5,8%, maior declínio desde o segundo trimestre de 2000, após queda revisada para 2,7% entre janeiro e março.
Ante o segundo trimestre de 2008, a produtividade fora do setor agrículo subiu 1,8%. O custo unitário do trabalho recuou 0,6% na mesma base.
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